SEBRAE e CBA lançarão Campanha Nacional de estímulo ao consumo do mel

O SEBRAE trabalha com 60 projetos de apicultura em todo o país, sendo que o Brasil produz 50 mil toneladas destinadas ao mercado interno e externo. Mesmo sendo um grande exportador, os brasileiros consomem cerca de 128 gramas de mel por ano, uma quantidade muito pequena, se comparada a outros países como Alemanha e França, que têm um consumo per capita superior a 1,5kg/ano.

Para estimular o aumento desse consumo, o Sebrae Nacional lançará em breve, em parceria com a Confederação Brasileira de Apicultura/CBA, uma campanha que incentivará o consumo de mel no país. Para o Coordenador Nacional da carteira de Apicultura no SEBRAE, Reginaldo Resende é preciso mudar a idéia de que o mel só serve para uso medicinal. “Ele pode ser explorado na culinária, como no tempero de carnes, preparo de molhos, doces e salgados e coberturas. Sem contar que se trata de um alimento muito gostoso e nutritivo” enfatiza Reginaldo.
Por Robert Ferreira

.:Minha Família:.


Minhas primas Lucilar e Leir com meus filhos Roberto, João Pedro e Renata, durante a Missa do domingo na Igreja de São Raimundo Nonato, no bairro Piçarra em Teresina (PI).

Aumenta o consumo da carne de cabrito

A carne de bode, quem diria, está fazendo sucesso nos Estados Unidos. Na retrospectiva 2008 da Revista "Time", ela figura entre uma das tendências da gastronomia por sua característica de carne magra e vem conquistando os comensais.
Apesar da relação de parentesco não estar explícita nos nomes, cabrito é a cria do bode, o animal jovem, com carne mais suculenta e menos gordurosa. No Nordeste e em alguns restaurantes de cozinha regional em São Paulo o bode atrai a atenção no cardápio, mas é o cabrito quem entra na panela. A brincadeira é um resquício do tempo em que costumava se abater animais velhos, o que desencadeou, também, a fama de ser uma carne malcheirosa.

Hoje vem aumentando sensivelmente o abate de animais jovens, e a carne caprina passa a ser vista como saudável em função de sua composição nutricional. Um dos maiores diferenciais da carne caprina é o baixo teor de gordura: a cada 100 gramas, contém 2,76 gramas, contra 3,75 gramas do frango sem pele e 17,14 gramas da carne bovina. Também é uma carne rica em ferro, mineral cuja carência pode causar anemia e atraso no desenvolvimento das crianças: são 3,54 gramas, o dobro da quantia encontrada na carne de frango.

Redação

Apicultores do Piauí ganham selo do Comércio Justo

Casa Apis, com sede no município de Picos, é a primeira cooperativa do setor na América Latina a obter a certificação Fair Trade.

A Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro (Casa Apis), com sede no município de Picos (Piauí), é a primeira cooperativa do setor na América Latina a obter certificação de comércio justo (Fair Trade), concedida pela Flor-Cert, certificadora alemã líder de mercado.

A conquista veio após um ano de trabalho do grupo, formado por cerca de mil apicultores, com apoio do Sebrae. Com esse diferencial, o mel produzido em Picos será exportado com preço acima do mercado, acrescido de 15%. Essa porcentagem é uma espécie de prêmio para o produto que possui certificação de comércio justo e deve ser obrigatoriamente revertida em prol do grupo e da região.

A Casa Apis reúne dez cooperativas, nove no Piauí e uma no Ceará. "A certificação potencializa a dinâmica comercial da central e beneficia diretamente as cooperativas filiadas e envolvidas no processo", afirma o presidente, José Leopoldo.

Para se enquadrar nesta categoria, os produtores devem se organizar em associações, adotar um processo democrático de decisões, ter a igualdade entre homens e mulheres, respeitar as leis trabalhistas e o meio ambiente. Já as empresas que compram pelo sistema comprometem-se a adquirir matérias-primas certificadas e a pagar um preço mínimo para possibilitar a produção. As empresas ainda devem pagar bônus para investimentos em projetos sociais e fechar contratos a longo prazo com os produtores.

Após a certificação, a central fechou contrato para enviar, em março, sete contêineres, com 280 quilos cada, para empresas distribuidoras da Bélgica, com potencial para atingir 26 países da Europa e Ásia, e dos Estados Unidos. O país europeu optou por receber o alimento a granel. Já os norte-americanos querem que o mel chegue pronto para consumo.

No caso da empresa americana, o produto seguirá com três agregações de valor, devido à certificação de mel orgânico, certificação de comércio justo e envio do mel fracionado (embalado em sache, bisnaga, entre outras formas). A Itália também já manifestou interesse em adquirir o mel certificado. "O comércio europeu está disposto a pagar mais pelo produto. O mesmo ocorre no Brasil, porém, em proporção menor. Hoje já encontramos nicho de mercado internamente", explica Leopoldo.

A expectativa é que nos próximos meses aumente o número de compradores internacionais do mel produzido no interior do Piauí. Isso porque um consultor de mercado da Casa Apis representará os apicultores na Biofach, feira que acontece entre os dias 17 a 20 de fevereiro, na cidade de Nuremberg, na Alemanha. "A feira será uma vitrine para o nosso produto. Vamos estar no estande do comércio justo", conta o presidente.

Atualmente o preço do mel no mercado internacional é de US$ 3,20/kg. Com a certificação de comércio justo, o valor ganha reforço de US$ 0,15 sobre o quilo vendido. No caso da Casa Apis, que também possui certificação de mel orgânico, o preço ganha ainda por um segundo acréscimo. A central de apicultores adquiriu essa certificação em 2009. No primeiro ano da novidade, os apicultores tiveram aumento de 20% no valor comercializado, passando de R$ 2 milhões para R$ 2,4 milhões.

De acordo com o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae em Teresina, Francisco Holanda, a Casa Apis faz parte do Projeto Apis Araripe, que já atendeu dois mil apicultores na microrregião de Picos. "Trabalhamos a questão da agregação de valor e inserção do produto no mercado", disse. Segundo ele, no segundo semestre uma missão técnica da Espanha virá ao Brasil para conhecer o projeto de perto.

O Sebrae apoiou a Casa Apis a adquirir tanto a certificação de mel orgânico quanto a de comércio justo. A instituição investiu R$ 400 mil, sendo R$ 200 mil para cada certificação. Nesses valores estão inclusos gastos com os registros e o monitoramento permanente dos apicultores. A região ganhou recentemente o Centro de Tecnologia Apícola do Piauí (Centap). "O espaço irá desenvolver produtos, realizar pesquisas sobre florada, e trabalhar com incubadoras de empresas. São aspectos que vão agregar valor. É a tecnologia ligada à indústria", conta Holanda.

O apicultor Francisco de Carvalho Lopes fala com orgulho que é um Agente de Desenvolvimento Regional Sustentável (ADRS). Com apoio do Sebrae e da Fundação Banco do Brasil, os ADRs recebem capacitação técnica e depois repassam o conhecimento adquirido para os apicultores próximos da região onde vivem.

Francisco é presidente da Associação dos Pequenos Apicultores do Belém do Piauí. Ele também fala com orgulho sobre o esforço que todos os cooperados fizeram para ter competência em adquirir a certificação de Comércio justo. "Para nós representa principalmente um avanço no preço do mel", comemora.

Fonte: Xeyla Oliveira

Apicultura piauiense é referência nacional

O trabalho desenvolvido pelos apicultores piauienses virou uma referência de qualificação em todo o Brasil

O trabalho desenvolvido pelos apicultores piauienses virou uma referência de qualificação em todo o Brasil. O ambientalista Afonso Francisco de Assis Ferreira veio do Estado de Mato Grosso para conhecer os arranjos produtivos de mel nas cidades de Picos, Simplício Mendes e Teresina. Ele trabalha em uma reserva particular do patrimônio natural localizada no pantanal matogrossense entre as cidades de Cuiabá e São Lourenço. No local, que pertence ao Serviço Social do Comércio, Sesc, são realizadas pesquisas científicas, ecoturismo e atividades de educação ambiental e desenvolvimento sustentável.

"Estamos iniciando um núcleo de apicultura com dez famílias", informa Afonso Francisco. O projeto é o resultado de uma parceria entre a unidade estadual do Sebrae em Mato Grosso e o Serviço Social do Comércio, Sesc. Segundo o ambientalista, cada família recebeu indumentárias, caixas coletoras, centrífugas e um decantador. "Vim aprender com a experiência e a competência dos produtores de mel do Piauí", fala. Afonso Francisco diz também que está agendando uma visita de um grupo de apicultores das cidades de São Lourenço e Cuiabá ao Piauí.

Mel piauiense

A microrregião de Picos (306 quilômetros de Teresina) é responsável por 60 % da produção de mel do Piauí. Em 2002, o Estado entrou no mercado externo, exportando 741 toneladas para os Estados Unidos, a Alemanha e a Itália. No ano seguinte, esse volume foi aumentado para 3 mil toneladas comercializadas para os Estados Unidos e alguns países europeus, principalmente a Alemanha e Espanha. Segundo estimativas da Confederação Brasileira de Apicultura, o Brasil possuía, em janeiro de 2004, cerca de 4 milhões de colméias produzindo 33 mil toneladas de mel por ano.

Fonte: Maristela Smeraldi - Campinas/SP

Apicultura no semi-árido nordestino

Estudos realizados pela Embrapa Meio Norte revelam que uma nova atividade agrícola está mudando a paisagem sócio-econômica de alguns municípios localizados na região semi-árida do Estado do Piauí. Trata-se da apicultura, atividade econômica que resulta na produção de mel e outros produtos derivados do trabalho das abelhas.

Estudos sobre a cadeia produtiva da apicultura no Piauí dão conta de que o crescimento dessa atividade, no Estado, é impressionante. O último Censo Agropecuário (1995/1996) registrou a existência de aproximadamente 9.500 famílias envolvidas na apicultura. No entanto, os dados da Embrapa, cuja pesquisa foi realizada entre 1998 e 1999, já identificam a existência de cerca de 18.000 famílias envolvidas diretamente nessa atividade, sem contar as ocupações indiretas que podem dobrar esse número. O Banco do Nordeste tem sido considerado um dos principais responsáveis por esse crescimento, tendo liberado algo em torno de R$20 milhões para financiamento a cooperativas e associações de pequenos apicultores, entre 1995 e 1998.

Na prática, os agricultores que antes priorizavam o feijão, o milho, o algodão e outras culturas dependentes de chuva, passaram a apostar mais na apicultura, o que fez com que essa atividade passasse de complementar a principal, em relação aos aspectos de geração de renda para essas famílias. De fato, a renda gerada pela apicultura é maior e mais segura do que a das outras culturas, tendo em vista o crescimento do mercado dos produtos orgânicos e os bons preços oferecidos aos produtos apícolas, devido às suas conhecidas propriedades alimentícias e terapêuticas. Além disso, é uma atividade agrícola com menor dependência das chuvas.

O Estado do Piauí possui condições agroecológicas privilegiadas para a produção de mel, por possuir uma grande diversidade de ecossistemas, que vão desde regiões com características mais próximas da floresta amazônica, até as caatingas da região semi-árida, passando pelos cerrados, além das muitas áreas de transição. Esses aspectos têm feito com que o Piauí ocupe hoje a segunda posição no ranking dos maiores produtores do Brasil.

Um outro aspecto que merece relevância é o fato de essa atividade ter em torno de setenta por cento dos seus produtores localizados na porção semi-árida do estado, onde se destacam as microrregiões de Picos e São Raimundo Nonato. É uma área extremamente carente de atividades que gerem ocupação e renda para os seus habitantes, por ser sempre muito castigada pelas secas. No caso da apicultura, períodos de estiagem em determinadas épocas do ano podem ser importantes aliados dessa atividade, porque favorecem o desabrochar das flores de importantes plantas melíferas, como o marmeleiro, a aroeira, o juazeiro e o cajueiro.

O estudo sobre a cadeia produtiva da apicultura piauiense indica que o mel produzido é apto a receber o selo de qualidade, como produto orgânico, por ser de origem de plantas silvestres, ou isentas de contaminação com agrotóxicos, e ser produzido por abelhas sadias, que não demandam a utilização de antibióticos para o combate a doenças. Isso vai possibilitar o incremento de algo em torno de trinta por cento no valor do mel e o seu credenciamento para exportação. Aliás, a exportação é um objetivo que começa a ser perseguido pelas principais entidades de apicultores do Piauí, sendo que algumas já estão em fase de negociação com países europeus, os quais têm demonstrado grande interesse em adquirir o produto. As empresas representantes desses países estão dispostas, inclusive, a financiar a melhoria das condições de produção, para que os apicultores atendam a todos os requisitos da certificação.

Esse cenário já começa a estimular empresas de grande porte, seja de capital local ou extra-local, a se instalar no Estado. Empresas beneficiadoras do mel e produtoras de equipamentos já estão formalizando seus respectivos interesses em investir no Piauí, o que exigirá aumento no nível de profissionalização da apicultura praticada, ainda pouco profissionalizada.

A rapidez e a magnitude do crescimento dessa atividade têm elevado significativamente a sua importância sócio-econômica, o que vem estimulando os governos estadual e federal a demonstrar preocupação em apoiar a atividade e seus integrantes, através de políticas públicas.

Por Sérgio Luiz de Oliveira Vilela
Pesquisador da Embrapa Meio Norte


Teresina ganha um grande presente

A nova Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França aumentará em 75% as vias de circulação entre as zona Leste, Norte e o Centro de Teresina.

A inauguração aconteceu no último dia 30 de março de 2010 e a programação teve Missa de Inauguração, Festa da Cumeeira e um almoço com os 650 operários que trabalharam na obra. A solenidade oficial de inauguração aconteceu às 18h30, com a presença do governador Wellington Dias, o Prefeito Sílvio Mendes, os ministros do Turismo, Luiz Barretto e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além de deputados federais e estaduais e demais autoridades. Finalizando a programação houve show musical com Elba Ramalho.
A ponte foi construída em oito anos, com investimentos de cerca de R$ 88 milhões. A sustentação estaiada é a mais moderna que existe no mundo, que terá um mirante com dois elevadores panorâmicos.

Redação