Religiões têm "ingrediente secreto" que faz pessoas felizes, diz estudo

A correlação positiva entre a religiosidade e satisfação geral com a vida é bem conhecida dos pesquisadores há muito tempo.


Procurando conhecer mais a fundo esse fenômeno, cientistas agora afirmam que há um "ingrediente secreto" na religião que torna as pessoas mais felizes.

"Nosso estudo fornece indícios de que são os aspectos sociais da religião, em vez da teologia ou da espiritualidade, que conduz à satisfação com a vida," afirma Chaeyoon Lim, sociólogo da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

"Em particular, nós descobrimos que as amizades construídas nas congregações religiosas são o ingrediente secreto da religião que faz as pessoas felizes," propõe o pesquisador.

Felicidade na religião

Segundo o estudo, 33 por cento das pessoas que frequentam templos e igrejas semanalmente e que têm entre 3 e 5 amigos íntimos em sua igreja relatam ser "extremamente satisfeitos" com as suas vidas.

"Extremamente satisfeito" é definido como um 10 em uma escala que varia de 1 a 10.

Em comparação, apenas 19 por cento das pessoas que frequentam serviços religiosos semanalmente, mas que não têm amigos íntimos em sua igreja relatam estar extremamente satisfeitos com a vida.

Por outro lado, 23 por cento das pessoas que frequentam serviços religiosos apenas algumas vezes por ano, mas que têm entre 3 e 5 amigos íntimos em sua congregação são extremamente satisfeitos com suas vidas.

Finalmente, 19 por cento das pessoas que nunca frequentam serviços religiosos e, portanto, não têm amigos ligados à igreja, afirmam que estão extremamente satisfeitos com suas vidas.

"Para mim, as evidências confirmam que não é realmente ir à igreja e ouvir sermões ou rezar o que torna as pessoas mais felizes, mas fazer amigos com base na igreja e construir redes sociais íntimas lá", disse Lopes.

Tradições

Lopes e seu colega Robert Putnam usaram dados de uma pesquisa nacional sobre religião realizada nos Estados Unidos em 2006 e 2007.

Os resultados do estudo são aplicáveis às três principais tradições cristãs - católicos, protestantes das igrejas reformadas e evangélicos.

"Nós também encontramos padrões semelhantes entre os judeus e os mórmons, mesmo com um tamanho de amostra muito menor", disse Lopes, ressaltando que não havia muçulmanos ou budistas suficientes no conjunto de dados para testar o modelo para esses grupos.

Postado por Daniel Fowler

MITOS E VERDADES: PERDA DA MEMÓRIA NO ENVELHECIMENTO

O processo de envelhecimento é acompanhado de declínios. Esse procedimento é normal, universal e irreversível para todos nós. Sabendo lidar com todas estas alterações,
podemos obter um envelhecimento caracterizado como um ENVELHECIMENTO
BEM-SUCEDIDO.
Nesse artigo, falaremos sobre as perdas da memória. Sobre esse assunto, existem
mitos e verdades que devemos conhecer para saber lidar com o inevitável. Com o envelhecimento, todos nós temos perdas de algumas abilidades intelectuais, embora apenas em alguns casos essa deterioração prossiga no sentido de evolução para demência – doença que merece atenção e cuidados especiais. Vamos entender um pouco esse assunto.
Podemos afirmar que, todas as pessoas, em algum momento, já esqueceram várias coisas. Como exemplos citamos: onde colocamos os óculos, as chaves da casa, um pacote de
compras, a carteira de dinheiro ou de um clube e também até acontecimentos importantes como aniversário de uma amiga querida, casamento de um vizinho, festas comemorativas dentre outros eventos.
Estes acontecimentos fazem parte do cotidiano e são naturalmente aceitos quando ocorrem com adultos jovens. Esses lapsos de memória não são valorizados e já estão incorporados
na maneira de ser das pessoas, não trazendo assim maiores preocupações.
Por outro lado, quando esses fatos acontecem com os idosos, parece haver uma sobrecarga nessa análise que acaba por determinar concepções errôneas sobre a real situação cognitiva
dessas pessoas. E estes passam a sofrer estigmas, os quais não deveriam ter que suportar – é mito pensar assim. Como verdade, podemos dizer que existem queixas de dificuldade
de memória por parte dos idosos. Mas isso não significa sinônimo de perda significativa a ponto de dizer que seja doença. Estudos mostram que 54% das pessoas com mais de
65 anos se queixam de dificuldade de memória e que apenas 12% admitem que essa complicação prejudica no dia-a-dia. Isto indica que, embora a reclamação seja freqüente, não tem necessariamente maior implicação na detecção de demência. Os problemas com a memória se associam a inúmeras causas sendo as mais comuns: o cansaço, a solidão, a tristeza, a depressão, o estresse, o uso abusivo de álcool, o uso indevido de medicações calmantes e hipnóticos, certas doenças, falta de concentração etc. Também provoca grande importância na queda do desempenho da memória as dificuldades com a visão e audição, alterações extremamente comuns na faixa etária avançada. As pessoas mais velhas lamentam esquecer fatos recentes (semana passada, ontem), mas podem se lembrar de episódios
ocorridos na infância, os quais podem ser descritos com riqueza de detalhes. Isso pode ser explicado pela carga emocional diferente em cada acontecimento: possivelmente a pessoa
se lembrará com mais facilidade de fatos com forte apelo emocional: momentos prazerosos ocorridos na infância, amizades construídas, bolo de aniversário, o primeiro dia de escola,
brincadeiras lúdicas nos quintais e assim por diante. A memória de evocação apresenta declínio e se relaciona com a freqüente reclamação de não se lembrar de recados ou
trechos de conversa. Outras áreas da memória estão preservadas como vocabulário, manejo de aparelhos e definição de conceitos, pois são áreas mais sedimentadas no cérebro.
Quando os esquecimentos deixam de ser habituais e facilmente compensáveis com artifícios como anotar os recados, fazer listas de compromisso etc., e passam a dificultar as atividades
do cotidiano, necessitando de ajuda de terceiros, aí sim se transformam em uma preocupação. Quando isso ocorre, chega o momento de procurar ajuda médica para dar os devidos encaminhamentos. Ao primeiro sinal de que a memória está diminuída... procure um profissional habilitado para fazer um diagnóstico mais apurado para que o limite entre o normal e a doença possa ser estabelecido com segurança.

CUIDADOS ESPECIAIS PARA GARANTIR A MANUTENÇÃO DA MEMÓRIA
1. Não aceite passivamente o declínio observado. Seja ativo – participe de grupos de convivência, faça amigos, comungue seus desejos.
2. Não tenha medo – liberte-se do antigo e aceite o novo.
3. Não tenha vergonha de dizer que não entendeu o que lhe foi perguntado.
4. Seja uma pessoa flexível, esteja aberto para ouvir. As pessoas que não são flexíveis acabam sendo excluídas do seu meio social.
5. Mantenha-se sempre atualizado com as notícias locais, regionais e do mundo.
6. Faça visitas aos doentes e amigos – seja solidário com você e com os outros.
7. Leia em voz alta pelo menos as manchetes de um jornal diariamente.
8. Conte estórias para os netos, representando-as.
9. Faça palavras cruzadas diariamente.
10. Só peça ajuda para a realização das tarefas cotidianas se você realmente não conseguir executá-las.
11. Faça aulas de informática e mantenha-se atualizado.
12. Mantenha bom relacionamento com os jovens (netos e amigos dos netos) – eles podem ensinar muito.
13. Execute trabalhos manuais que requerem atenção e manejo de formas como crochê, tricô, pintura, desenhos, etc.
14. Anote tudo que for importante em um caderno ou uma agenda.
15. Se não ouviu bem a mensagem... Pergunte sem medo de errar. Não tente inventar para parecer que entendeu.
16. Evite tensões desnecessárias. Use o bom senso que a maturidade nos dá.
17. Mantenha uma dieta saudável, beba muito líquido, coma muitas verduras, legumes e frutas.
18. Pratique atividades físicas regulares (3 vezes semanais) – faça musculação, hidroginástica, ginástica localizada, dance, nade, cante etc, e caminhe pelo menos 30 minutos diários.
19. Participe de jogos e brincadeiras que envolvam o raciocínio – quebra-cabeça, jogo de pares, baralho, jogos de tabuleiro etc.
20. Quando lhe fizerem uma pergunta e não puder lembrar-se da resposta imediatamente, não se sinta constrangido – ganhe tempo extra para responder: sorria, ajeite os óculos, repita a pergunta, respire fundo, limpe a garganta.... Se tudo isso não der certo diga:
“Não me lembro no momento”.
21. Tenha uma crença religiosa.
22. Preserve sua privacidade, sem contudo, deixar de participar da coletividade.
23. Tenha sentimento de produtividade – faça as coisas e não deixe espaço para a solidão.
24. Mantenha-se com autonomia e administre seu lar, os recursos financeiros, os seus desejos, suas necessidades etc.
25. Cultive harmonia, libere-se da amarras, aceite os limites, sem contudo, deixar de ser feliz e autêntico – todas as pessoas do seu convívio terão prazer em tê-lo no grupo. Saiba o que é mito e verdade sobre a perda de memória... Depois de tudo... Mãos à obra. Tente ser diferente!!! Lembrem-se sempre...

“Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e
sofrer novamente.” (Shakespeare)
Geni de Araújo Costa - Prof. Dra. da Faculdade
de Educação Física - Coordenadora do Projeto AFRID