Dia do Piauí


A data 19 de outubro de 1822 sinaliza o início do movimento de libertação do Piauí. Desta maneira, os parnaibanos, liderados por Simplício Dias da Silva, bradaram o Piauí independente de Portugal, porém fiel ao príncipe Dom Pedro, filho de Dom João VI. 

Assim, festeja-se nesta data o Dia do Piauí, sinalizado no calendário estadual conforme lei aprovada pela Assembleia Legislativa/Alep, de autoria do deputado José Auto de Abreu. Contudo, ainda hoje prevalecem as desavenças sobre a verdadeira data para comemoração do DIA do Piauí. 

O Piauí foi povoado por diversas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses ao Brasil, evidenciando-se a tribo Tremembé, que habitava próximo ao litoral e ao Rio Parnaíba. A exploração do Piauí aconteceu em função da presença de bandeirantes, notadamente Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, que se tornaram proprietários de grandes glebas no Piauí. 

Registra-se que em 1758 o Piauí tornar-se-ia uma Capitania, com a capital em Oeiras. Com a Independência do Brasil e a instalação do Império, o Piauí passou a ser governado por oligarquias rurais, que continuariam a governar até o início da República. 

Somente a partir da segunda metade do século XX, o Piauí começou a experimentar algum crescimento econômico, notadamente a capital Teresina, que se beneficiou de diversos investimentos nacionais e estrangeiros. 

O primeiro governador do Piauí foi João Pereira Caldas/1759, sendo Hugo Napoleão o primeiro governador eleito na Nova República, na época da redemocratização brasileira. 

Não espere muito dos outros. Nem todo mundo tem o mesmo coração que o seu. 

Gratidão ao Eterno. 

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira com base em artigo do Administrador e Prof. Francisco Filho (Univ. Federal do Piauí). 

Histórico Florestal da Terra !


Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o País detém 28,3%. Dos 64 milhões de km2 de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais. 

A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando. No sentido inverso, a América do Sul, que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4%, e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil. 

Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil - por ser um dos que menos desmatou - deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória." 

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira com base em artigo do Pesquisador Evaristo Miranda, Diretor da EMBRAPA TERRITORIAL (Campinas – SP).

Trabalho remoto será o novo normal?

Tudo está muito diferente no momento. No Brasil e em outros países do mundo as cidades estão em pausa. Mas enquanto o mundo físico está em espera, o mundo digital fervendo mais do que nunca. 

Com as plataformas de trabalho remotas observando um grande aumento na demanda (e outras ferramentas reduzindo a largura de banda), esse período servirá como um acerto de contas para o trabalho remoto em geral e pode ajudar a estimular a transformação digital por pura necessidade. 

À medida que os introvertidos aproveitam um período de felicidade e os extrovertidos começam a escalar as paredes, manter-se ocupado em casa é crucial para ajudar todos a passar por esse período de incerteza. 

Trabalhar em casa já é uma realidade para muitas pessoas e muitas empresas, que mesmo antes do COVID-19, já ofereciam algum tipo de flexibilidade ao trabalhar em um escritório ou em qualquer lugar do mundo. 

Uma pesquisa recente da Tyto PR mostram alguns números curiosos. Especificamente no Reino Unido, menos de um quinto (18%) da força de trabalho tinha flexibilidade para trabalhar em casa antes do surto do COVID-19, e apenas 41% dos trabalhadores de escritório no Reino Unido estão confiantes de que seu empregador possui a infraestrutura de tecnologia em funcionamento para permitir que eles trabalhem de maneira produtiva e segura em casa, nas circunstâncias atuais. 

Embora a tecnologia envolvida seja fundamental para o trabalho remoto, o maior desafio é que pouca gente estava preparada para essa mudança repentina. No Brasil, as previsões são de que o trabalho remoto aumente cerca de 30% depois da pandemia. 

RESPEITE O REMOTO 

Como todos descobrimos na prática, o trabalho remoto vem com seus problemas e suas vantagens. Uma das vantagens do home office é que os pequenos atritos são menos relevantes. Quando todo mundo tem que fazer um esforço extra para trabalhar em conjunto, os problemas associados à hierarquia, comunicação ou cultura de trabalho tóxica não têm muito espaço. Com o isolamento forçado agora em vigor, a mentalidade fixa e teimosa que geralmente acompanha o trabalho do escritório pode ser substituída por uma maneira flexível e digital de trabalhar que valoriza o bem-estar individual tanto quanto a produtividade coletiva. 

A transformação digital é muito mais do que apenas trabalho remoto e a atual necessidade de se familiarizar com o trabalho digital oferece aos funcionários a oportunidade de se concentrarem na racionalização dos negócios também. Trabalhando isoladamente e com um conjunto de ferramentas poderosas, as pessoas podem perceber que podem finalmente se concentrar nas tarefas que estavam deixando para depois. Ao eliminar reuniões intermináveis ​​e tarefas desproporcionalmente demoradas, as pessoas inevitavelmente começarão a trabalhar em projetos que melhoram sua vida profissional e se livram (ou até automatizam) das tarefas mais repetitivas e vitais. Isso por si só é uma transformação digital no estilo de guerrilha, causada simplesmente por funcionários que usam ferramentas digitais para melhorar as práticas de trabalho. 

FLEXIBILIDADE REFORÇADA 

O COVID-19 pode não ter muitos efeitos positivos, mas como já estamos no meio de um dos eventos mais perturbadores da nossa geração, é melhor encontrarmos o lado positivo de estarmos isolados em casa. Ao adotar uma estratégia de trabalho remota saudável e eficaz e ao se comprometer com a transformação digital, as empresas podem realmente terminar esse período com funcionários mais engajados, menos estressados ​​pelo trabalho e mais comunicativos do que nunca. 

A transformação digital deve progredir nas costas de uma pandemia global. Mais importante, esse pode ser o alerta de que muitas empresas precisavam para mudar suas práticas de trabalho e tratar seus funcionários com o respeito e a independência exigidos pelo trabalho remoto. 

A HOM é especialista em ajudar empresas a implementarem o home office, com uma metodologia estruturada e já aplicada inúmeras vezes. Precisa da nossa ajuda nesse momento ou se preparar para o futuro? Conte com a nossa equipe! Entre em contato com a HOM mandando um e-mail para contato@homeoffice.com.br

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira com base em artigo do site HOM e o Adoro Home Office.

Maior perigo não é o vírus, mas ódio, ganância e ignorância

O historiador israelense Yuval Noah Harari afirma que resposta à crise do coronavírus deve ser mais solidariedade, sendo que o mundo aprendeu a confiar mais na ciência. Ele fala também de trabalho e vigilância. 

Leiam alguns fragmentos da entrevista: 

“Acho que o maior perigo não é o vírus em si. A humanidade tem todo o conhecimento e as ferramentas tecnológicas para vencê-lo. O problema realmente grande são nossos demônios interiores, nosso próprio ódio, ganância e ignorância. Temo que não se esteja reagindo a esta crise com solidariedade global, mas com ódio, colocando a culpa em outros países, em minorias étnicas e religiosas. 

CIÊNCIA 

Nos últimos anos, temos visto diversos políticos populistas atacarem a ciência, dizerem que os cientistas são uma elite remota, desconectada do povo; que coisas como a mudança climática não passam de uma farsa, que não se deve acreditar nelas. Mas neste momento de crise por todo o mundo, vemos que as pessoas confiam mais na ciência do que em qualquer outra coisa. 

(…) quando cientistas nos alertam sobre outras coisas, além de epidemias – como mudança climática e colapso ambiental – ouçamos as advertências deles com a mesma seriedade que temos agora com o que dizem sobre a pandemia do coronavírus. 

NOVAS VIGILÂNCIAS 

Devemos ser muito, muito cuidadosos a esse respeito. Vigilância sobre a pele é monitorar o que se faz no mundo exterior: aonde você vai, quem encontra, ao que assiste na TV, que sites visita online. Ela não entra no seu corpo. Vigilância subcutânea é monitorar o que está acontecendo dentro do seu corpo. Começa com coisas como a temperatura, mas aí pode partir para a pressão sanguínea, frequência cardíaca, atividade cerebral. E uma vez que se faça isso, é possível saber muito mais sobre cada indivíduo do que em qualquer outra época: você pode criar um regime totalitário como nunca se viu antes. 

TRABALHO 

Esta crise está causando mudanças tremendas no mercado de trabalho; as pessoas trabalham de casa, trabalham online. Se não tomarmos cuidado, pode resultar no colapso do trabalho organizado, pelo menos em alguns setores industriais. 

Mas isso não é inevitável: é uma decisão política. Podemos tomar a decisão de proteger os direitos trabalhistas em nosso país, ou em todo o mundo, nesta situação. Os governos estão resgatando financeiramente indústrias e corporações, eles podem condicionar a ajuda à proteção dos direitos dos empregados. Então tudo depende das decisões que tomemos. 

FUTURO 

Acho que historiadores futuros verão este como um ponto de mutação na história do século 21. Mas a forma que dermos a ele dependerá de nossas decisões. Não é inevitável”. 

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira com base em artigo do portal Deutsche Welle (DW), órgão de imprensa do Estado Alemão, que entrevistou o historiador israelense Yuval Noah Harari. 

VOCÊ ESTÁ RECLAMANDO DO QUE MESMO?


Imagine por um momento que você tivesse nascido no ano de 1900.

Quando você tinha 14 anos, começa a Primeira Guerra Mundial e termina apenas quando você tem 18 anos, deixando 22 milhões de mortos.

Um pouco depois, aparece uma pandemia mundial, a Gripe Espanhola, matando 50 milhões de pessoas. E você está vivo, com 20 anos de idade.

Aos seus 29 anos, você sobrevive à crise econômica mundial que começou com a queda da Bolsa de Nova York, causando inflação, desemprego e fome.

Quando você está com 33 anos, o Nazismo chega ao poder.

Quando você está com 39, começa a Segunda Guerra Mundial e termina quando você já tem 45 anos, com 60 milhões de mortos. No Holocausto, morrem 6 milhões de judeus.

Quando você está com 52 anos, começa a Guerra da Coreia.

Quando você está com 64, começa a Guerra do Vietnam e termina quando você já tem 75 anos.

Uma pessoa que nasceu em 1985 por exemplo, pensa que seus avós não têm a menor ideia de como a vida é difícil, sem saber que eles sobreviveram a várias guerras e catástrofes.

Hoje nos encontramos com todas as comodidades de um mundo novo e moderno, em meio a uma pandemia.

As pessoas se queixam por ter que ficar confinadas em casa por várias semanas ou meses, contando em seus lares com eletricidade, celular, comida e alguns até com água quente e um teto seguro sobre suas cabeças.

Nada disso existia em outros tempos. Mas a humanidade sobreviveu sob essas condições e nunca perdeu a alegria de viver.

Hoje reclamamos que temos que usar máscara para entrar nos supermercados.

Há uma coisa que pode fazer milagres: uma pequena mudança no nosso modo de ver a vida e o que os nossos antepassados viveram.

Você está reclamando do que mesmo?

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira com base em textos diversos.

Marcas do agro precisam deixar legado pós-pandemia

Neste momento em que todo o mundo vivencia o impacto do novo coronavírus, as marcas – em maior ou menor intensidade – tentam se reinventar para sobreviver à crise, o que envolve – de acordo com Ricardo Nicodemos, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) - mais do que a preocupação com as vendas, a construção de um legado capaz de sobreviver após o fim da pandemia.

“Nunca vimos tantas campanhas institucionais. Em um momento tão complicado como esse, é importante que as marcas pensem em criar um propósito. Como ajudarão a sociedade neste momento? São essas as empresas mais lembradas pelos consumidores quando tudo isso que estamos vivendo acabar”, destaca Nicodemos.

Como exemplo de empresas que têm atuado nesse sentido, ele destaca as ações adotadas pela John Deere, líder mundial no fornecimento de serviços e produtos avançados, com iniciativas que vão desde o fornecimento de tratores para auxiliar na limpeza de 40 cidades até a doação de testes rápidos para o Covid-19 e distribuição de cestas básicas para famílias carentes.

De acordo com o vice-presidente da ABMRA, existe uma janela de oportunidades para que essas ações positivas sejam produzidas durante a crise de saúde. Ricardo Nicodemos ressalta que o agro já provou sua força durante a pandemia, evidenciando-se pilar de sustentação econômica do país. “O grande desafio para uma estratégia eficaz é unificar uma mensagem sólida para todos os segmentos da cadeia produtiva”, destaca.

Recentemente, em um webinar promovido pelo Stricto Sensu da ESPM, com a coordenação da profª Luciana Florêncio de Almeida, ele destacou que “O agro é gigante, com uma cadeia de produção que envolve muitos atores. Precisamos juntar todos para transmitir uma só mensagem, mas ainda estamos buscando a melhor forma de fazer isso. É preciso reforçar os benefícios desse setor para além da porteira. A partir do momento em que produtor e varejo estiverem na mesma página, a comunicação no agro passará a ser imbatível”, finaliza o dirigente da ABMRA.

Postado pelo Administrador Robert Ferreira, Analista e Músico, com base em artigo de Ricardo Nicodemos, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).

Meus filhos não querem ir à igreja. O que devo fazer?

É dos pais a responsabilidade pela educação religiosa dos filhos

Essa é uma pergunta que muitas mães se fazem e também as pessoas que já têm caminhada na Igreja. Devo levá-los ou deixar que queiram ir? Respondo essa pergunta com outra: Se seu filho não quiser ir à escola, você deixa ele ficar sem ir, para escolher depois de adulto? A resposta é a mesma.

Devemos encaminhar nossos filhos, desde pequenos, à Missa. No início, podem reclamar, mas quando forem adultos e precisarem de consolo, saberão onde buscá-lo. A responsabilidade da educação religiosa é dos pais, sendo “adubada” pela catequista depois. Entretanto, precisamos pensar nas causas desse sentimento do filho, para aplicar o remédio correto.

Sensação de não participar da Missa

Quando os filhos são pequenos, muitas mães começam a levá-los à igreja, mas acabam desistindo. A razão encontrada é o trabalho, porque as crianças não querem ficar paradas e os pais passam todo o tempo da Missa andando atrás deles, então, acham que não estão, realmente, participando da celebração. Outra preocupação é o incômodo das outras pessoas, que se distraem ou ficam irritadas com a movimentação.

Não há problema de as crianças não pararem, elas vão e voltam até os pais. O que incomoda, na igreja, são os adultos andando atrás delas e tirando a atenção dos demais. Uma outra solução é frequentar a Missa para as crianças, onde as pessoas não podem reclamar da agitação infantil. O importante é acostumá-las a ficarem paradas por pequenos períodos.

Para os filhos acima de oito anos, quando já conseguem ficar parados, surgem outras argumentações: eles estudam muito durante a semana e estão cansados, por isso os pais preferem deixá-los dormir e relaxar, pois acham que eles não vão poder absorver nada. Atenção: não deixe seu filho trocar o seu compromisso com Deus por programa nenhum. Ensine-o que seu primeiro compromisso é com Deus, porque é de “pequeno que se torce o pepino”. Se você quer que seu filho adulto goste de ir à igreja, pergunte-se: as minhas atitudes mostram que ir a Missa é bom ou ir, por exemplo, a um aniversário ou cinema é melhor?

O exemplo começa em casa

Sua casa é uma igreja doméstica. Você tem tempo para rezar com seus filhos nas refeições, na hora de dormir, antes das provas, indo à escola entre outros momentos? Se fizer isso, ficará mais fácil para eles entenderem que ir à igreja também faz parte desses momentos.

Chega a adolescência e é mais difícil o controle. Porém, se você o colocou para fazer a catequese, motivou-o a participar dos movimentos para crianças e jovens na igreja, os amigos serão um facilitador.

Depois de adultos, não conseguiremos mais os obrigar, mas poderemos sempre os convidar para ir à igreja. Num determinado momento, poderão aceitar o convite, pois, quando são educados na fé, buscam Deus pelo amor ou por uma situação de dor.

Não existe fórmula mágica de como levar um filho à igreja, mas o ditado “o hábito faz o monge” se aplica a essa situação, pois quando levamos nossos filhos à igreja, acabam criando o padrão de irem à Missa. Quando são levados à Missa e lhes são ensinados parte por parte da celebração, com toda a sua riqueza litúrgica, eles aprendem a gostar dela e verem sentido. Porém, o que mais marca aos filhos é a forma como os pais se relacionam com Deus, e daí vão à Missa por obrigação ou para encontrar um grande amigo e partilhar em comunidade esse amor.

Postado pelo Administrador, Analista e Músico Robert Ferreira com base em texto da Drª Ângela Abdo, graduada em Serviço Social pela Ufes e psicanalista. Foi coordenadora do grupo fundador do Movimento Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia São Camilo de Lellis, em Vitória (ES). Autora de livros publicados pela Editora Canção Nova.

Adultizar uma criança pode ser bastante prejudicial à sua formação

A “adultização” é o processo de querer acelerar o desenvolvimento das crianças para que se tornem logo adultas. A “adultização” provoca perda da infância, da socialização, da coletividade e do mais importante, a fase do brincar livremente.

Competições, desfiles, maquiagens, roupas, sapatos, cabelos, danças, músicas, páginas em redes sociais, jogos e acesso a conteúdo para adultos… Crianças com responsabilidades, hábitos e agenda de adulto, isto chama-se “adultização” fora da hora. Criança não é adulto em miniatura. Criança é criança, e como tal precisa vivenciar a sua vida se ocupando de coisas de criança e não de adultos.

Como os pais permitem que aconteça “adultização”?

Fico estupefata ao notar que a grande maioria dos pais não observam a classificação indicativa do que os seus filhos estão vendo na Netflix, no Youtube, na TV. Os jogos de vídeo game são baixados virtualmente pela própria criança. E exatamente porque a criança capta toda essa tempestade de informações sobre o mundo dos adultos, é que a depressão infantil e o índice de suicídio entre crianças de 5 a 11 anos está aumentando assustadoramente.

Como se isso não bastasse, a criança nunca tem tempo para experimentar o tédio: iniciou um choro, está aqui o celular dos pais; iniciou uma birra, está aqui o celular dos pais; tem visita em casa, vá para seu quarto jogar videogame – daí a criança pergunta – posso baixar o jogo novo? E o adulto responde que sim, só para se livrar dela.

Entretanto é muito importante para a saúde mental e para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial da criança vivenciar a frustração, o tédio, o não é a birra até que pare de chorar sozinha, sem barganhas ou ameaças. Acredite, a birra tem pontos muito positivos. Se você permitir que a criança experimente o tédio, certamente ela desenvolverá habilidades inimagináveis. Antes de dar um celular para o seu filho, deixe-o experimentar o tédio. Mesmo porque é aconselhável não dar um celular para uma criança antes dos 07 anos. Se nessa idade a criança já possui uma vida razoavelmente social com os amiguinhos, essa possibilidade pode ser considerada, contudo na modalidade PRÉ-PAGO, pois aí já aliará ensinamentos como a economia, parcimônia, dentre outros benefícios.

A idade aconselhável para falar com a criança sobre os perigos do abuso sexual, das drogas, da depressão, da prevenção ao suicídio, do machismo, do racismo, da homofobia… é desde o ventre materno. Numa fala pedagógica e fabulosa de acordo com a compreensão de cada idade. É desde o ventre materno também que se ensina valores altruístas, empáticos, de cooperação e caridosos também são passados. Entretanto, a idade aconselhável para se começar a usar o celular é aos 12 anos e mesmo assim, sem acesso à internet. Os tablets também não devem ter acesso à internet e são os pais que devem instalar os jogos de acordo com a idade da criança.

Cada coisa tem o seu tempo, vamos respeitar a infância. Não crie a criança para a competição. Crie a criança para à cooperação, para o amor, para à equidade social, para à socialização, para interacionismo, para universalização dos direitos iguais. As crianças, embora estejam imersas nos comportamentos, nas linguagens, nas relações e nos universos do mundo dos adultos, elas anseiam pelo brinquedo, pelos jogos infantis e pelas oportunidades de conviverem e brincarem com outras crianças. O fato de querer ser adulto antes da hora, compromete a identidade de ser criança e, consequentemente, pode levar a uma vida adulta bastante conflituosa. A criança “adultizada”, confunde os limites que diferenciam uma fase da outra.

É muito importante deixar as crianças viverem a infância na sua totalidade. A rotina da criança é para viver a infância e brincar em plenitude. Para a criança, brincar é uma necessidade, pois essa atividade é muito importante para seu desenvolvimento. Uma criança feliz e sadia é barulhenta, inquieta, altruísta e rebelde. “Adultizá-la” pode ser bastante prejudicial à sua formação.

Postado pelo Administrador, Analista e Músico Robert Ferreira com base em texto de Clara Dawn, psicopedagoga, psicanalista, escritora, pesquisadora e palestrante. Originalmente publicado no Portal Raízes.

Veja como manter a saúde mental em meio à pandemia de covid-19

Pensar que não estamos sozinhos e evitar conteúdos que trazem fake news pode acalmar as emoções. São muitos os fatores que podem piorar o nível de preocupação durante uma pandemia, como a do novo coronavírus. Felizmente, existem dicas que podem ajudar a manter o bem-estar emocional

O novo coronavírus trouxe uma realidade inédita para os brasileiros, o isolamento social. Ficar em casa, sem encontrar os amigos, ou visitar os avós, sem ir ao trabalho, ao cinema ou ao show é uma medida considerada urgente e necessária pela saúde pública, para conter o pico da epidemia que atinge o Brasil e o mundo. Nestes dias, o importante é cumprir as regras cuidar para que a mudança temporária do comportamento social não abra espaço para pensamentos negativos crescerem, assim como a angústia. Para isso é importante saber organizar a rotina durante os dias em casa, cultivando e transmitindo para quem está próximo pensamentos responsáveis e otimistas.

Um bom começo é lembrar que a epidemia do novo Corona Vírus não é o primeiro desafio enfrentado no planeta Terra e que não estamos sozinhos, mas fazendo parte de uma estratégia comunitária que pode salvar muitas vidas. "Os humanos já vivenciaram várias epidemias em outros tempos. Faz parte da nossa história", diz a coordenadora do curso de psicologia da Estácio BH, Renata Mafra. Segundo ela, o rápido e intenso fluxo das informações pode provocar a sensação de que não é possível lidar com a infecção, de caos, aumentando a realidade. "Pensar que a epidemia é uma situação transitória que vai passar e que você está contribuindo positivamente para isso, ajuda a acalmar a mente", reforça a psicóloga.

Redes sociais

Neste momento o uso excessivo das redes sociais pode ser angustiante. É preciso ter cuidado e medir o tempo para não fazer uso das mídias de forma obsessiva, com o consumo exagerado de conteúdo informativo, mas também de fake news que propagam o pânico. Renata Mafra recomenda como estratégia para o equilíbrio psicológico, a escolha de uma fonte de informação que seja segura e um horário limitado do dia para ser dedicado às notícias focadas na epidemia. Nesses dias de reclusão, é preciso observar também os relacionamentos. Conversas pessimistas que provocam sentimentos depressivos não são as melhores escolhas neste momento.

Estamos juntos

Ideias negativas, que trazem medo e muita apreensão são comparadas a gatilhos tóxicos que desencadeiam pensamentos que não são bons. Elas podem ser combatidas com a ideia de que todos estamos juntos. "Em um só barco", lembra a psicóloga. "Os impactos na economia, outra grande angústia da população, poderão ser minimizados com medidas governamentais, o mais importante é lembrar que haverá uma saída e que as medidas tomadas agora são importantes". A socióloga Conceição Luciano observa que neste momento ficar em casa pode ser visto como privilégio. "Há pessoas que não vão conseguir cumprir a quarentena por dependerem do trabalho de cada dia, essas sim estão em uma situação preocupante, correm mais risco". Praticar a empatia pode ser um bom remédio. "Neste momento o estado está fazendo o que de fato precisa ser feito, exercendo pressão para que as pessoas se recolham," observa Conceição. A socióloga pondera que a epidemia também demonstra algumas características do brasileiro que é solidário em muitos momentos, mas que precisa de pressão para ficar em casa.

Organize sua rotina

Uma boa estratégia para cuidar da saúde mental é planejar uma rotina, já que ter um hábito regular traz equilíbrio emocional. Para aqueles que não podem trabalhar é hora de aproveitar o tempo livre para organizar a casa, se exercitar, praticar o relacionamento familiar ou mesmo desenvolver atividades que tragam prazer, o ócio criativo, e o mais importante, tendo sempre em mente que não estamos sozinhos, mas junto com todo o país e com vários países do mundo. "Se ainda assim você se sente angustiado não hesite em buscar ajuda".

Saiba como proteger a saúde mental em tempos de coronavirus

1) Cuidado com o excesso de informações

Tente não ficar conectado o tempo tudo, isso pode fazer a ansiedade crescer.

2) Cuide do corpo

Tente praticar exercícios físicos e manter a alimentação saudável. Evite os exageros.

3) Faça coisas que gosta

Ouvir música, um curso online, ler um livro, assistir filmes.

4) Pratique a resiliência

Olhe a situação de forma realista, sem pânico. Tente perceber o que pode aprender.

5) Aproveite para colocar coisas pessoais em ordem

6) Estabeleça uma rotina

Tente fazer as coisas no mesmo horário, como o trabalho e autocuidados

7) Se conecte com pessoas

8) Peça ajuda se precisar

Se perceber que está sobrecarregado, ansioso ou depressivo busque ajuda com o médico, psicólogo, familiares e também junto ao Centro de Valorização da Vida (CVV) ligando para o número 188

Postado pelo Administrador Robert Ferreira, Analista e Músico, com base em artigo organizado por Marinella Castro - OMS, VitaAlere.

Home office será um importante legado da pandemia da Covid-19

Para evitar o contágio no ambiente laboral ou até mesmo no nosso deslocamento, as medidas de distanciamento social nos forçaram a adotar um novo meio de trabalhar. Em razão do aumento de casos confirmados da Covid-19, diversos empresários e trabalhadores passaram a desempenhar suas atividades em home office.

Em que pese a regularização do tele trabalho ter sido realizada pela Reforma Trabalhista, em 2017, essa modalidade era pouco adotada pelas empresas até então. A partir da necessidade de adequação do nosso modo de trabalhar, foi possível verificar que o home office é um meio eficiente para a atividade laboral, permitindo a realização de reuniões de equipe, contato com clientes, resoluções de demandas e desenvolvimento de projetos, todos de forma virtual, sendo esse visto como o principal avanço nas relações trabalhistas.

A necessidade de se digitalizarem todas as formas de negócio, de maneira rápida, será um grande legado da pandemia para o mercado de trabalho. A crise gerou uma modernização no exercício das atividades laborais, ainda que de maneira forçada, mostrando que o avanço tecnológico está cada vez mais presente e é necessário nas relações de mercado e trabalho. Um novo modelo laboral está cada vez mais próximo de nós.

O trabalho remoto exige muita disciplina, organização e colaboração por parte do empregado, que se compromete pela entrega de resultados e atendimento dos clientes. Da mesma forma, deve haver confiança entre o empregador e o empregado, visto que nesse caso não é possível realizar a supervisão sobre o fiel cumprimento de horários de trabalho, verificando apenas a entrega de resultados por parte do empregado.

Passada a crise, entendo que deverá ocorrer uma quebra de paradigma sobre o trabalho presencial, oportunizando que o home office não seja realizado apenas em situações de necessidade. Isso porque foi verificada a possibilidade de diversas atividades serem realizadas de forma remota, na modalidade de tele trabalho, que, apesar de ser um desafio ao empregado, apresenta boas vantagens, como a otimização do tempo e do custo de deslocamento, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Ainda que seja um momento delicado para todos, o isolamento traz também a oportunidade de aperfeiçoamento dos profissionais através de cursos de qualificação gratuitos que estão sendo oferecidos na internet. Para nós, trabalhadores ou empresários, é importante — passados os primeiros e principais obstáculos de saúde pública e da economia — incluir novos modelos para a prestação laboral. A adaptação a novas ferramentas irá requerer que nos reinventemos, que saiamos da caixa.

Postado pelo Administrador Robert Ferreira, Analista e Músico, com base em artigo da Advogada Paula Keller e integrante do Departamento Trabalhista do escritório BVK Advogados.

O Brasil vai virar o novo epicentro da pandemia de coronavírus?

Começou na China, migrou para a Europa e hoje assombra os Estados Unidos. Tudo indica que o epicentro da pandemia do coronavírus troca de lugar à medida que o patógeno se alastra por uma nova nação e suas autoridades de saúde conseguem criar ou não uma resposta rápida e eficiente para detê-lo, além de dar suporte adequado a quem fica doente.

O comportamento imprevisível desse vírus é uma das maiores angústias no enfrentamento da pandemia. E os médicos e cientistas reforçam esse ponto a todo momento diante de qualquer exercício de futurologia. Mas a experiência de outros países e os avanços nos dados epidemiológicos e nas medidas de contenção adotadas nos ajudam a vislumbrar se o Brasil corre o risco de sofrer mais ou menos com a Covid-19.

Perguntamos a alguns especialistas se eles acreditam que nosso país pode se transformar no novo centro da crise da Covid-19. Veja as respostas e análises

Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista, professor da Universidade de São Paulo (USP) e Presidente do Conselho do Instituto Horas da Vida:

Obviamente depende. Não dá para ser categórico nessa complexa questão. Não é “sim” pois acho que, de alguma forma, houve nos estados e municípios alguma preparação e, em parte, até agora conseguimos conviver com a epidemia. Temos sinais de exaustão do SUS em Manaus e Fortaleza, mas ainda temos tempo. Porém, se sairmos agora da quarentena, correremos o risco de nos transformarmos em algo semelhante a Itália.

Também dependeremos do tipo de resposta que a iniciativa privada dará ao colocar seus leitos de UTI para atender aos brasileiros. E não é “não” por essas razões: quarentena, perspectiva de uso de leitos privados, posição do governo federal agora sob nova direção, mas com a mesma orientação…

Celso Granato, infectologista e virologista, diretor clínico do Grupo Fleury:

Não vejo nenhuma razão para isso. Existem vários países com população muito grande e também expostos. Não consigo imaginar por que não seriam a Índia, a Rússia ou os próprios Estados Unidos [epicentro atual]. Não vejo nenhuma chance de o problema no Brasil ser muito maior do que em qualquer outra região do mundo. Mas, para que isso não aconteça por aqui, é muito importante que as pessoas sigam as orientações de saúde pública, continuem no isolamento social no máximo que for possível e lavando as mãos corretamente…

Praticamente todos os países do mundo já estão contaminados. Não vejo por que o Brasil teria um risco maior do que outros locais, especialmente se as pessoas aderirem aos cuidados já divulgados.

Pedro Hallal, epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (RS):

Sim, o Brasil, ou qualquer outro país, pode ser o próximo centro da pandemia, desde que não tome atitudes preventivas baseadas em evidências científicas. No momento, a obtenção de dados epidemiológicos sobre a infecção na população, a manutenção do distanciamento social e a ampliação da política de testes são iniciativas que podem nos ajudar a evitar que sejamos o próximo epicentro.

Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP) e membro da SBI:

Acredito que depende. Depende de como será a política de isolamento e de como ela vai ser mantida. Se ela for corretamente mantida, existe chance de não sermos o novo epicentro da pandemia. Se isso for quebrado, acho que não vai ter como não ser o novo epicentro.

Gustavo Campana, diretor médico da Dasa:

Minha opinião é que o Brasil não deve virar o epicentro da pandemia e não deve ser o país com o maior número de casos. Especialmente porque algumas medidas foram tomadas de forma bastante precoce, como isolamento social e a detecção dos casos. Foi diferente do que aconteceu na Itália, por exemplo, onde os primeiros casos demoraram a ser detectados. Aqui a Dasa validou o teste de forma pioneira e diagnosticamos muito rápido os primeiros episódios e o isolamento social aconteceu antes. Isso tem um impacto importante para que a gente não seja o epicentro da epidemia.

A forma como a doença entrou no país, garantindo que os primeiros infectados permanecessem em isolamento, também nos favoreceu. Agora o vírus segue contaminando mais pessoas, mas nossas estruturas de saúde estão mais bem preparadas, tiveram tempo… Esses são os dois pontos mais importantes: o isolamento social precoce e a implantação dos testes, apesar de o país ter passado por um “apagão” de exames. Uma medida que ajuda a não virarmos o epicentro é planejarmos a volta do isolamento social de forma progressiva e organizada, para não sobrecarregarmos o sistema de saúde.

Sylvia Lemos, infectologista, professora da Universidade Federal de Pernambuco e membro da SBI:

Depende. Depende de como estão sendo encarados o coronavírus e a pandemia, depende de como as políticas públicas são implantadas e de como a sociedade vai reagir a ela. Assim como depende de como as pessoas reagem à própria infecção, uma vez que a imunidade varia entre os pacientes e resulta em formas diferentes da doença. Depende de muitas coisas, infelizmente.

Paulo Eduardo Brandão, virologista, especialista em coronavírus e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP:

Sim. Se definirmos o epicentro da pandemia como sendo o de um país onde há uma rápida ascensão no número de infectados, doentes e mortos, o Brasil já se mostra o centro da epidemia, na verdade. E isso é resultado da ausência de testes em larga escala, de medidas de isolamento social em todo o território nacional e de capacidade hospitalar adequada.

Postado pelo Administrador e Músico Robert Ferreira, com base em artigo do site SAÚDE, de Diogo Sponchiato, Theo Ruprecht