Para economista Rogério Boueri, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasil com 11 novos Estados seria "inviável"

No começo do ano, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que propunha a criação de um plebiscito para dividir o Pará em três novos estados: Pará, Tapajós e Carajás. Além dessa votação, oito projetos de lei que propõem a criação de novos estados no país tramitam na Câmara. Entre eles, estão a criação do Maranhão do Sul, do Mato Grosso do Norte e do Estado do Rio São Francisco, na Bahia. Se todos fossem aprovados, o Brasil teria 33 estados, um Distrito Federal e quatro territórios – porções fronteiriças do País que seriam administradas diretamente pelo governo federal. Mas, segundo o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Rogério Boueri, essas novas unidades federativas não seriam capazes de sustentar sozinhos. “Eles seriam muito caros e o governo federal teria que cobrir a diferença”, diz.
Em 2008, você realizou um estudo mostrando que a criação de novos estados no Brasil seria financeiramente inviável. Isso mudou de lá para cá?
Não. Eu desenvolvi uma metodologia pra estimar quanto custa o funcionamento da máquina pública dos estados. Se soubermos qual vai ser a população e o PIB de um novo estado, conseguimos calcular quanto esse estado vai gastar. Atualizando os números do meu estudo de 2008, a criação dos estados de Tapajós e Carajás traria um déficit de dois bilhões de reais por ano.
E de onde sairia o dinheiro para cobrir esse déficit? Do Governo Federal?
Isso não está especificado, mas não tem existe alternativa. Na proposta de criação dos novos estados, um dos defensores diz que primeiro deveria ser aprovada a criação do estado, para depois se pensar nos custos. Isso deixa claro que ele sabe que o estado vai ter um custo e alguém vai ter que bancar.
De onde vêem esses custos?
No caso do Pará, nós vamos ter um monte de estruturas em triplicidade. Por exemplo, vamos ter três executivos: três governadores, três conjuntos de secretários e assessores. Teremos três assembléias legislativas, três justiças estaduais. Enfim, todo um aparato para o funcionamento de um estado. Além de tudo, esses custos possivelmente estão subestimados. Não estou calculando o preço de nenhum tijolo para construir prédios novos ou asfalto para construir estradas. Essa infra-estrutura toda terá que ser paga por alguém. No caso do Tocantins, o último estado a ser criado no Brasil, foi o governo federal quem bancou. Durante dez anos ele ficou suplementando as verbas do Estado.
Como é possível saber se um novo estado será capaz de se sustentar?
O que eu faço é calcular o peso da máquina pública em relação ao PIB do novo estado. Minha intenção é medir se ele tem base econômica para sustentar essa estrutura toda. No caso do Tapajós, os gastos estaduais corresponderiam a 51% de seu PIB. No caso do Carajás, seria 23%. A média brasileira é 12,5%. Nós estaremos criando estruturas ainda mais ineficientes.
Então, do ponto de vista orçamentário, não vale a pena criar os novos estados?
São estados que sairiam muito caros e o governo federal teria que cobrir a diferença, porque eles não são auto-sustentáveis. Então vamos criar um estado que no nascedouro já é dependente do governo federal? Isso me parece não ser uma boa política de desenvolvimento. A aprovação desse decreto legislativo que instaura o plebiscito deveria ter tido o cuidado de dizer de onde virá o dinheiro que vai pagar a conta.

Neymar se consolida como o maior santista depois da "era Pelé"


O título da Taça Libertadores 2011 eleva Neymar ao posto de mais importante jogador do Santos desde a "era Pelé". Aos 19 anos, o garoto provou ser um fenômeno não só de marketing, mas um atleta fora de série. Foi o maior trunfo alvinegro durante a vitoriosa campanha do tricampeonato continental, com atuações magníficas. Marcou seis gols e terminou a competição como vice-artilheiro. Após triunfo sobre o Peñarol, levantou o troféu mais cobiçado da América, algo que o Peixe só havia conseguido com Pelé em campo.
O Santos está classificado para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. Vai tentar segurar Neymar para continuar sendo forte na luta pela terceira estrela em sua camisa. Seja, como for, o título da Libertadores, até o momento, marca o ponto alto de uma trajetória que começou há oito anos, quando Neymar, então um mirradinho menino de 12 anos, atravessou os portões da Vila Belmiro para começar a jogar futsal.
O garoto já “barbarizava” adversários nas areias da Praia do Itararé, em São Vicente, desde muito novo. Foi descoberto por Roberto Antônio dos Santos, o Betinho, que também havia garimpado Robinho. Primeiro levou o atual craque santista para jogar futsal no vicentino Clube de Regatas Tumiaru, maior rival do Beira-Mar, onde Robinho começou.
Depois de rodar alguns times de salão da Baixada Santista, Neymar foi para o Santos em 2003. Logo caiu nas graças de Zito, capitão do time de Pelé e que depois passou a atuar como gerente de futebol santista. Aos poucos, Neymar foi trocando as quadras pelo campo. Vendo que tinha uma joia nas mãos - as semelhanças com Robinho saltavam aos olhos - o clube passou a cercar o menino de cuidados.
Com apenas 14 anos, em 2004, ele já ganhava um salário de R$ 3 mil. Suas atuações pelo time infantil do Peixe chamavam atenção. Todos queriam saber quem era o “novo Robinho”. Era assim que Neymar era tratado no início: como o sucessor natural do Rei das Pedaladas. Em 2007, o craque passou a ser representado pelo empresário Wagner Ribeiro. No mesmo ano, visitou, a convite de Robinho e de Ribeiro, o Real Madrid. Um início de namoro começou ali. O clube merengue já havia observado a performance do menino e quis levá-lo naquele momento para acabar de formá-lo. O Real queria seu próprio Messi.
O assédio fez o Peixe se mexer. No mesmo ano, multiplicou o salário do garoto, que passou a ganhar R$ 30 mil. Ainda não era um profissional, mas ganhava como jogador de elenco principal. Em 2008, Neymar começou a treinar no time de juniores. Era bem menor que os companheiros, mas chamava muita atenção. Em seu primeiro jogo na Copa São Paulo, entrou no segundo tempo e marcou. Tinha 16 anos.
Entre os profissionais
Em 2009, com 17 anos, Neymar chegava, com pompa e circunstância, ao time de cima. Com contrato de gente grande: vínculo de cinco anos, salários de R$ 90 mil e multa rescisória de € 30 milhões (R$ 68,8 milhões em valores atuais). Agora era chegada a hora de o menino mostrar que valia todo o investimento. Houve quem achasse que tudo não passava de fogo de palha, que Neymar sucumbiria à pressão.
Ele aguentou firme. Fez sua estreia como profissional no dia 7 de março de 2009, entrando no decorrer da partida contra o Oeste, no Pacaembu, pelo Paulistão. Ele deu dribles, levantou a torcida e foi ovacionado pela primeira vez em sua carreira. Na semana seguinte, dia 15 de março, novamente no Pacaembu, na vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim, pelo estadual, marcou o primeiro de seus 67 gols pelo Peixe. Comemorou socando o ar, como Pelé. Nascia um ídolo.
Graças aos ótimos desempenhos de Neymar e de seu amigo Paulo Henrique Ganso, o Santos chegou à final do Paulistão daquele ano. Os Meninos da Vila, porém, não estava prontos ainda. Acabaram não conseguindo superar o Corinthians, de Ronaldo. Mas a semente estava plantada.
Filé de borboleta
O decorrer do ano de 2009 para Neymar foi de altos e baixos. O time foi muito mal no Brasileirão. Lutou para não ser rebaixado. Em agosto, a diretoria fez uma contratação de emergência. Trouxe Vanderlei Luxemburgo, que já havia levado o Peixe às conquistas de dois Campeonatos Paulistas e um rasileiro, para tentar recuperar o time. Uma das medidas do treinador foi tirar Neymar da equipe.
Luxa dizia que o garoto, apesar de talentoso, era muito magro. Não tinha força para as divididas. Dizia que Neymar era um “filé de borboleta”. O Santos acatou a decisão do técnico. O processo de fortalecimento de Neymar foi acelerado. Hoje, o garoto tem quatro centímetros a mais do que tinha em 2009 - passou de 1,70m para 1m74m. E ganhou 11 quilos de massa muscular: um salto de 53 kg para 64 kg.
2010: o ano da afirmação
Na virada do ano, mudanças no clube. Marcelo Teixeira deixou a presidência após cinco mandatos consecutivos. Foi vencido nas eleições por Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. Ele contratou o técnico Dorival Junior, que percebeu de cara o potencial dos garotos e passou a montar o time em torno de Neymar e Ganso. Na mosca.
Ao redor dos dois craques e com a contratação de Robinho, que estava em baixa na Europa, Dorival montou um time irresistível. Já como titular, o camisa 11 reformou seu contrato. Passou a ganhar R$ 160 mil e sua multa pulou para € 35 milhões. Com muitos gols, danças, brincadeiras e dois títulos: o Paulistão e a Copa do Brasil. Neymar comandava os Meninos da Vila e virava referência. Houve até uma campanha nacional por sua convocação, junto com a de Ganso, para a Copa do Mundo de 2010. O técnico Dunga ignorou o clamor popular.
Em agosto, um lance decisivo na carreira do craque: o Chelsea veio ao Brasil disposto a levá-lo para Londres. Os ingleses achavam que seria uma barbada: acertariam salários com o jogador, pagariam a multa e pronto. Não conseguiram. A diretoria santista convenceu o atleta a ficar. Foram angariadas empresas que, em troca da imagem do garoto, ajudariam o clube a lhe pagar um salário de nível europeu. O Chelsea voltou de mãos abanando e Neymar passou a ser um dos jogadores mais bem pagos do futebol brasileiro (atualmente, ganha cerca de R$ 600 mil mensais). Sua multa rescisória também aumentou: € 45 milhões (R$ 102,4 milhões).
Nem tudo, porém, foi tranquilidade, títulos e alegria para Neymar no ano passado. Ele também mostrou um lado rebelde, que desgastou sua imagem. Em outubro, durante partida contra o Atlético-GO, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão, ele teve uma crise de estrelismo em campo ao ser impedido por Dorival Júnior de bater um pênalti.
Xingou o técnico dentro de campo e teve sua insubordinação flagrada por inúmeras câmeras. Foi chamado de “monstro” por René Simões, que comandava o Atlético e viu tudo de perto. De repente, o bom menino se transformava num “bad boy”. Para piorar, a diretoria santista demitiu Dorival Júnior, que tentou forçar uma punição maior ao craque. Entre sua joia e o técnico, a diretoria ficou com quem dá retorno técnico e financeiro, naturalmente.
Neymar virou alvo de piadas na internet. Garoto mimado, superprotegido, que não conhece limites, insubordinado. Os marqueteiros do Peixe tiveram de se desdobrar para tentar salvar o patrimônio. Mas o craque fez sua parte jogando bola. Aos poucos, a polêmica foi ficando para trás.
2011: o menino vira homem
Enfim, 2011 começou com o Santos classificado na Taça Libertadores. Neymar voando em campo, jogando muito bem. Logo de cara, mais um título estadual e em cima do Corinthians, o maior rival, com um gol do astro na decisão. Tudo ia muito bem para o prodígio santista até que veio o baque: a notícia de que uma ex-namorada, menor de idade, estava grávida.
Ele foi comunicado antes da viagem para o México, onde o Peixe eliminou o América-MEX. Inicialmente, o jogador ficou assustado. Mas assumiu a bronca. De menino, se tornará pai de um garoto. Mateus é esperado para novembro. Com uma responsabilidade dessas, só resta a Neymar jogar mais e muito. 

Postado no site Meio Norte

Brasileiros recebem ‘chuva de laranjas’ no vôlei de praia em protesto por caso Battisti

Os brasileiros Alison e Emanuel foram surpreendidos com um problema inusitado durante o Mundial de Vôlei de Praia, disputado em Roma. Torcedores italianos protestaram contra a libertação do ex-ativista político Cesare Battisti no Brasil e atiraram laranjas nos atletas do país antes da partida contra os dinamarqueses Soderberg e Hoyer.
Condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas na década de 70, Cesare Battisti chegou a passar um período preso no Brasil. Porém o ex-presidente Lula, em seu último dia de mandato, negou a extradição do ex-ativista e optou por sua libertação.
O governo italiano entrou com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a decisão fosse reavaliada. Após análise, os magistrados decidiram pela libertação de Battisti no último dia 8. O episódio fêz com que as relações entre Brasil e Itália ficassem estremecidas.
Passado o protesto, Alison e Emanuel tiveram dificuldades para vencer os dinamarqueses. Os brasileiros perderam um set, mas bateram Soderberg/Hoye por 2 a 1, com parciais de 21-18, 22-24 e 15-10.

Fonte: O Estado de São Paulo Online

UNIÃO NORDESTINA DE APICULTURA E MELIPONICULTURA REALIZA REUNIÃO DURANTE O PECNORDESTE 2011 EM FORTALECE/CE

Acontece no próximo dia 13/06, no Centro de Convenções do Ceará, durante o PECNORDESTE 2011, a 1ª Reunião Anual da UNAMEL. A entidade representativa da apicultura e meliponicultura do Nordeste encontra-se em fase de consolidação e temas relevantes serão discutidos, tais como: II Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura, o gerenciamento do banco de dados/site Apis Nordeste, definição da nova Coordenação da UNAMEL e Oficialização da Entidade.

"A consolidação da atuação da Entidade virá à medida que novos resultados sejam alcançados, como foram a  criação da própria UNAMEL, a realização do I Congresso Nordestino e a criação do Banco de Dados/Site Apis Nordeste", informa o Coordenador da Entidade Robert Ferreira, Analista Técnico do SEBRAE no Piauí.
  
Postado por Robert Ferreira