Os segmentos mais promissores para 2016

Quem pretende iniciar a vida de empreendedor tem se deparado com um cenário muitas vezes negativo, e fica difícil entender em quais segmentos podem valer a pena investir. Segundo Marcelo Nakagawa, Professor de Empreendedorismo e Inovação do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), vivemos um momento econômico delicado, que exige cautela. Mas para quem ainda assim pretende abrir um novo negócio em 2016, ele sugere ficar de olho nos seguintes segmentos:
– Negócios que gerem renda para outras pessoas: O desemprego tende a aumentar e boa parte não conseguirá retornar ao mercado de trabalho formal. Daí negócios como o Home Angels  que incentivam o trabalho autônomo ou microfranquias tendem a ter maiores chances de crescimento.
– Negócios com potencial de exportação: Recentemente a FEDEX tem mostrado vários casos de pequenos empreendedores que estão exportando, e não é à toa. Artesanato, pequenas confecções e até serviços de programação podem ter maiores chances de serem mais exportados com o dólar mais valorizado.
– Negócios que resolvam dores ainda não bem resolvidas: Mesmo na crise, uma parte da população ainda irá demandar serviços de primeira necessidade como cuidadores de idosos, cuidados com o lar ou segurança residencial. Empresas como a Casa & Café podem crescer ainda mais em 2016.
– Negócios digitais: Não é possível generalizar, mas ainda há espaço para diversas novas soluções digitais via soluções móveis, como aplicativos, ou integradas, como serviços automatizados que facilitem, agilizem ou reduzam o custo de um determinado tipo de serviço. Startups como Uber (que ainda gera renda para novos entrantes) e Memed tendem a continuar crescendo em 2016.
– Soluções mais baratas: Em 2015, o mercado de carros usados esteve bastante movimentado em detrimento ao de carros novos. Em 2016, parte da população brasileira fará um downgrade nas suas escolhas, considerando o preço. Trocarão escolas privadas mais caras por mais baratas (ou até públicas), almoço fora por levar o almoço de casa ou filmes no cinema por diversão em casa.
– Food Trucks: É um conceito que veio para ficar por sempre trazer (pelo menos na proposta) produtos mais inovadores com preços (nem sempre) mais razoáveis. A tendência é observar trucks em outros segmentos como comércio e serviços.
Como identificar um negócio promissor
Em condições estáveis de previsibilidade, as oportunidades mais promissoras estão associadas às tendências de mercado. No Brasil, por exemplo, o envelhecimento da população, o aumento da preocupação com a segurança, o uso de dispositivos móveis e (alguma) preocupação com alimentação (mais) saudável merecem destaque. “Todas estas tendências criam oportunidades para novos negócios, pois a população passa a demandar novas soluções. O desafio para o empreendedor é abrir um negócio no ano que vem e conseguir se manter com fluxo líquido de caixa positivo no mercado instável politica, econômica e socialmente em 2016 e, provavelmente, em 2017 (se tudo correr bem)”, analisa o professor.
As dicas para se manter firme e forte em 2016
Para ter maiores chances de sobrevivência e sucesso em 2016, Marcelo aconselha:
– Ter paixão e orgulho em resolver o problema do cliente. Propósito do negócio e pessoal devem estar forte e verdadeiramente alinhados para aumentar a resiliência em momentos mais desafiadores.
– Desenvolver o comportamento empreendedor, principalmente a habilidade de venda e entrega da experiência de consumo. Cursos como o Empretec podem ser muito úteis.
– Saber utilizar técnicas de validação de mercado antes de iniciar a empresa de fato. É preciso saber e aplicar novos conceitos como Canvas da Proposta de Valor e Modelo de Negócio, Job to be done, Lean Startup, Effectuation e Customer Development.
– Aplicar técnicas e planejamento mais adequados ao seu tipo de negócio. Negócios mais tradicionais podem se beneficiar da elaboração de um plano de negócio. Negócios radicalmente inovadores precisam utilizar lógicas de Lean Startup.
– Elaborar um planejamento financeiro da empresa e pessoal com diferentes cenários para evitar perdas que passem a ser insuportáveis para o empreendedor.
– Interagir com o ecossistema: Há vários eventos onde é possível aprender, encontrar parceiros e fazer novos amigos.
– Ter mentores que orientem nas decisões e cobrem resultados. É o jeito mais simples de iniciar um processo de profissionalização da empresa desde o seu início.
– Implementar meritocracia no negócio alinhando remunerações fixas baixas e bônus variáveis altos se as metas forem cumpridas.
– Ser obcecado pela eficiência, produtividade e reduções constantes de custos – não só em 2016, mas sempre.
– Ser disciplinado para garantir um tempo de qualidade com a família e amigos para não fazer do seu negócio uma prisão.
Postado por Robert Ferreira, com base em artigo do site DRAFT
.

Nova era para Assistência Técnica e Extensão Rural

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, deu posse nesta quinta-feira (17/12), em Brasília, ao presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Paulo Guilherme Cabral, e ao Conselho Administrativo da agência.
“Estou muito feliz em participar deste momento histórico para Ater brasileira. A Anater vem para consolidar a integração da Ater com a pesquisa, com o ensino, e potencializar a ação de um universo de mais de 30 mil agentes de assistência técnica e extensão rural. Ela abre novas possibilidades para que o Brasil eleve e aprofunde na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável”, afirmou o ministro.
O recém-empossado Presidente da agência, Paulo Guilherme Cabral, lembrou a trajetória da Ater, na última década no Brasil, e sua contribuição para que o país saísse do Mapa da Fome da ONU. “Nos últimos dez anos, ocorreu um processo de reconstrução dos serviços de Ater no país, com a participação dos governos estaduais e da sociedade civil, apoiado pelo crescimento das políticas voltadas à agricultura familiar. Se o Brasil saiu do Mapa da Fome, é porque tem agricultores familiares produzindo. E se tem produção, é porque tem Ater”, disse Cabral.
Para Alessandra Lunas, secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e suplente no Conselho Administrativo da Anater, a agência tem a responsabilidade de gerar paridade na assistência. “Sabemos o que significa entrar na propriedade rural com o olhar para o papel das mulheres no campo. Acreditamos que essa nova Ater saiba dos desafios e a importância para um olhar atento”.
Mais alimentos
Em seu discurso, Patrus realçou a importância de se produzir alimentos saudáveis e em quantidade e qualidade necessárias para se atender a todo o país. “Está entre as prioridades do MDA a agroecologia, a produção de comida de verdade. Ao contrário do que muita gente pensa, agroecologia não se limita àquela produção de quintal. O país tem que produzir esses alimentos saudáveis para seu povo, em quantidade e qualidade suficientes”, salientou ao afirmar que isso será possível com a ajudar de uma Ater capacitada, com apoio de pesquisas e tecnologias.
A Anater está sediada no Palácio da Agricultura, em Brasília.
Anater
Criada pela Lei 12.897 de 18 dezembro de 2013 e oficializada por meio do Decreto nº 8.252, de 26 de maio de 2014, a Anater, por ser uma paraestatal, vem para dar celeridade administrativa e agilidade nas contratações.
Entre as atribuições da Anater estão credenciar entidades públicas e privadas; qualificar profissionais de assistência técnica e extensão rural; contratar e disponibilizar serviços; transferir tecnologia, pesquisas; monitorar e avaliar resultados; acreditar as entidades quanto a qualidade do serviço prestado.
O MDA, enquanto gestor da Política Nacional de Ater,  preside  o Conselho de Administração da ANATER.  O conselho é formado por representantes do Poder Executivo e de quatro entidades representantes da sociedade civil. São eles: ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Planejamento, Orçamento e Gestão; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa; Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf); Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); e representantes de governos estaduais.

Postado por Robert Ferreira com base em texto de artigo do site do Ministério do Desenvolvimento Agrário.