COMEMORANDO 7 DE SETEMBRO

Exercitando o texto a partir de observações dos fatos ordinários ou extra-ordinários do nosso próprio cotidiano, ou do nosso mundo.
Ò Vida! Ò Céus! Que dia chato, não?! As ruas da cidade ficam desertas, as parias e clubes ficam lotados de freqüentadores que buscam um momento de descontração; outros dão graças a Deus! E tomam o caminho das estradas para desbravar caminhos no interior. Desde que se tornou feriado nacional, o sete de setembro não é uma data especial para muitos cidadãos, e sim para os parlamentares.É um momento em que todas as mazelas sociais são escondidas debaixo dos tapetes, sejam eles os jornais ou gabinetes. Todos os jovens, desde que o mundo é mundo, aprendem a cantar o Já Podeis da Pátria Filhos... Trecho que dá início ao imortal hino de “liberdade” do povo brasileiro, a fim de despertar o civismo pela Pátria mãe.
Será que somos livres mesmo? Será que o Brasil algum dia deixará seus cidadãos serem mais livres de verdade? Por hora, não se faz pertinente ficar aqui discutindo ou indagando certos axiomas de nossa democracia. Penso que se faz interessante pensar outras coisas, como por exemplo, podemos sair com família e viver momentos de descontração, ou até mesmo sair com a namorada e ver aquele filme no cinema; também se pode pensar em atravessar a ilha de Itaparica e confraternizar com os amigos.
Para mim esta data não tem representatividade nenhuma, porque fui um daqueles meninos que enfrentou a sabatina materna para poder cantar o hino corretamente, sobretudo, ter orgulho da minha nação.
Assim faço esta reflexão, dando a conotação de crítica, mas não o é! Como disse no começo, refletir a nossa realidade é sempre mais importante do que meramente ficar atirando tijolos de crítica. Foi um momento importante da história brasileira, entretanto, o imperador não imaginava que o futuro dessa independência seria a fome, a desigualdade social, o excesso de globalização entre outras tantas violências sofridas pelo cidadão, e o pior é que a cada sete de setembro todos têm que estarem felizes e com o sorriso colgate entre os dentes.
Hoje, a realidade dos jovens é bastante diferente, obviamente, eles têm vários vieses para não irem à marcha do feriado cívico; devido à internet, ferramenta de comunicação que prende os adultos, quanto mais às crianças. Também os pais não os estimulam a tal paixão pela pátria, porque todo um idealismo nacional não existe mais. Amar a pátria ficou para os idealistas sociais. Eles também já resolveram fazer desdém e viver esta data, não como lembrança de uma vitória, e sim, momentos de paz.

Postado no JPM 2011 - Juventude e Cidadania

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