Do terceiro para o primeiro lugar em apenas um mês. Em junho, o Piauí passou a ser o maior exportador de mel do país, com 595 toneladas e US$ 1,9 milhão, de acordo com dados divulgados na terça-feira (19) pelo Sebrae. O segundo lugar, São Paulo, fechou o mês com 479 toneladas e US$ 1,5 milhão, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 237 toneladas e US$ 736,9 mil.
O Diretor-Geral da Central das Cooperativas Apícolas do Semi-Árido (Casa Apis), Antônio Leopoldino Dantas, atribui à ascensão do Piauí ao momento de melhoria e o crescimento dos pequenos produtores. “O mel produzido no Estado ganhou reconhecimento lá fora não só pela qualidade, mas também devido à estabilidade da produção, o que abriu novas portas no mercado”, acredita Leopoldino.
Outro fator, segundo o Diretor da Casa Apis, é o investimento em programas de capacitação. Os pequenos produtores de mel no Piauí participam de certificações e projetos desenvolvidos junto à Casa Apis e Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (COMAPI), desenvolvidos com o apoio do SEBRAE/PI, Fundação Banco do Brasil e UNISOL.
De janeiro a junho deste ano, as exportações brasileiras de mel alcançaram US$ 40 milhões, resultado quase 38% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 29,1 milhões). Em volume, foram comercializadas 12,3 mil toneladas este ano, contra 10,1 mil toneladas no mesmo período de 2010.
Apesar do bom resultado no semestre, as vendas para o exterior em junho recuaram 29,54% em peso e 28,20% em valor em relação a maio. Foram exportados US$ 5,8 milhões e 1,83 mil tonelada. Porém, o preço médio pago, de US$ 3,22/Kg, foi 1,9% maior comparado ao mês anterior e de 10,65% ao mesmo período do ano passado.
O Diretor-Geral da Casa Apis acredita que os números são um reflexo do mercado internacional. Segundo ele, há uma grande oferta de mel indiano nos Estados Unidos, com preço mais baixo, porém, de qualidade inferior. “Isso acaba interferindo no mercado, mas esse mel é de péssima qualidade, apenas para puxar o preço para baixo”, explica.
Antônio Leopoldino sugere ainda que a China possa estar por trás das exportações indianas para os Estados Unidos. “As características desse produto são iguais às características do mel produzido pela China, o que pressupõe que este país está tentando exportar mel para os Estados Unidos através da Índia”, conta Leopoldino.
Destino
Os Estados Unidos foram o principal destino do mel brasileiro em junho, com um total de US$ 3,5 milhões, respondendo por 60,6% da receita das exportações e pagando o preço de US$ 3,17/kg. A Alemanha ficou em segundo, com receita de US$ 1,6 milhão, o equivalente a 28,41%, pagando US$ 3,26/kg. O Reino Unido absorveu US$ 247,3 mil dessas vendas, oferecendo US$ 3,00/kg. E o quarto destino das exportações foi o Canadá (US$ 210 mil) pagando o melhor preço, US$ 3,54/Kg. Outros países importadores de mel do Brasil foram Espanha, Bélgica, China, México, Japão, Paraguai, Bolívia e Peru.
Postado por Robert Feerreira, com base em artigo do Site Cabeça de Cuia, de Paulo Barros
O Diretor-Geral da Central das Cooperativas Apícolas do Semi-Árido (Casa Apis), Antônio Leopoldino Dantas, atribui à ascensão do Piauí ao momento de melhoria e o crescimento dos pequenos produtores. “O mel produzido no Estado ganhou reconhecimento lá fora não só pela qualidade, mas também devido à estabilidade da produção, o que abriu novas portas no mercado”, acredita Leopoldino.
Outro fator, segundo o Diretor da Casa Apis, é o investimento em programas de capacitação. Os pequenos produtores de mel no Piauí participam de certificações e projetos desenvolvidos junto à Casa Apis e Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (COMAPI), desenvolvidos com o apoio do SEBRAE/PI, Fundação Banco do Brasil e UNISOL.
De janeiro a junho deste ano, as exportações brasileiras de mel alcançaram US$ 40 milhões, resultado quase 38% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 29,1 milhões). Em volume, foram comercializadas 12,3 mil toneladas este ano, contra 10,1 mil toneladas no mesmo período de 2010.
Apesar do bom resultado no semestre, as vendas para o exterior em junho recuaram 29,54% em peso e 28,20% em valor em relação a maio. Foram exportados US$ 5,8 milhões e 1,83 mil tonelada. Porém, o preço médio pago, de US$ 3,22/Kg, foi 1,9% maior comparado ao mês anterior e de 10,65% ao mesmo período do ano passado.
O Diretor-Geral da Casa Apis acredita que os números são um reflexo do mercado internacional. Segundo ele, há uma grande oferta de mel indiano nos Estados Unidos, com preço mais baixo, porém, de qualidade inferior. “Isso acaba interferindo no mercado, mas esse mel é de péssima qualidade, apenas para puxar o preço para baixo”, explica.
Antônio Leopoldino sugere ainda que a China possa estar por trás das exportações indianas para os Estados Unidos. “As características desse produto são iguais às características do mel produzido pela China, o que pressupõe que este país está tentando exportar mel para os Estados Unidos através da Índia”, conta Leopoldino.
Destino
Os Estados Unidos foram o principal destino do mel brasileiro em junho, com um total de US$ 3,5 milhões, respondendo por 60,6% da receita das exportações e pagando o preço de US$ 3,17/kg. A Alemanha ficou em segundo, com receita de US$ 1,6 milhão, o equivalente a 28,41%, pagando US$ 3,26/kg. O Reino Unido absorveu US$ 247,3 mil dessas vendas, oferecendo US$ 3,00/kg. E o quarto destino das exportações foi o Canadá (US$ 210 mil) pagando o melhor preço, US$ 3,54/Kg. Outros países importadores de mel do Brasil foram Espanha, Bélgica, China, México, Japão, Paraguai, Bolívia e Peru.
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