Conheça o Piauí

HISTÓRIA

A colonização do Piauí deu-se do centro para o litoral. Fazendeiros do São Francisco, a procura de novas expansões para suas criações de gado, passaram a ocupar, a partir de 1674, com cartas de sesmarias concedidas pelo governo de Pernambuco, terras situadas às margens do rio Gurguéia. Um desses sesmeiros, Capitão Domingos Afonso Mafrense, também conhecido como Domingos Sertão, fundou trinta fazendas de gado, tornando-se o mais eminente colonizador da região. Por sua própria vontade, as fazendas foram legadas, após sua morte, aos padres da Companhia de Jesus. Hábeis gerentes, os jesuítas contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento da pecuária piauiense, que atingiu seu auge em meados do século XVIII. Nessa época, os rebanhos da região abasteciam todo o Nordeste, o Maranhão e províncias do Sul. Com a expulsão dos jesuítas, as fazendas de Mafrense foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio.

Brasão

Bandeira

Hino do Piauí

(Letra: Antonio Francisco Da Costa e Silva/ Música: Firmina Sobreira Cardoso)

Salve! terra que aos céus arrebatas
Nossas almas nos dons que possuis:
A esperança nos verdes das matas,
A saudade nas serras azuis.
Piauí, terra querida,
Filha do sol do equador,
Pertencem-te a nossa vida,
Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão
E levem pelas quebradas,
Pelas várzeas e chapadas,
Teu canto de exaltação!
Desbravando-te os campos distantes
Na missão do trabalho e da paz,
A aventura de dois bandeirantes
A semente da Pátria nos traz.
Sob o céu de imortal claridade,
Nosso sangue vertemos por ti,
Vendo a Pátria pedir liberdade,
O primeiro que luta é o Piauí.
Possas tu, no trabalho fecundo
E com fé, fazer sempre melhor,
Para que, no concerto do mundo,
O Brasil seja ainda maior.
Possas Tu, conservando a pureza
Do teu povo leal, progredir,
Envolvendo na mesma grandeza
O passado, o presente e o porvir.

DADOS GERAIS

Localização

Situado entre 2º 44' 49" e 10º 55' 05" de latitude sul e entre 40º 22' 12" e 45º 59' 42" de longitude oeste.

Limites

Leste : Estados do Ceará e Pernambuco
Sule Sudeste : Estado da Bahia
Sudoeste : Estado do Tocantins
Oeste : Estado do Maranhão, com o curso do rio Parnaíba demarcando a fronteira
Norte : Oceano Atlântico

Características Territoriais

É o terceiro maior Estado nordestino, inferior apenas à Bahia e ao Maranhão, e o décimo Estado brasileiro, respondendo por 2,9 % do território nacional.

Relevo

O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas às margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte do Estado. Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste, e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul, encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de 900 metros de altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o Estado, como, por exemplo, o Gurguéia, Fidalgo, Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da ação erosiva das águas.

Vegetação

Em decorrência de sua posição, o Estado do Piauí caracteriza-se, em termos fisiográficos, como uma típica zona de transição, apresentando, conjuntamente, aspectos do semi-árido nordestino, da pré-Amazônia e do Planalto central do Brasil. Refletindo as condições de umidade das diversas zonas, as regiões ecológicas distribuem-se em faixas paralelas, com a caatinga arbórea e arbustiva predominando no sudeste, a floresta decidual no Baixo e Médio Parnaíba, cerrado e cerradão, no centro-leste e sudoeste e as formações pioneiras de restinga, mangue e aluvial campestre, na zona litorânea. Dentre as paisagens vegetais, destacam-se os cocais, com seus exemplares de babaçu, carnaúba, buriti, e tucum, encontrados na região da floresta decidual, nos vales úmidos e nas áreas alagadiças, sustentando a atividade extrativa de significativa importância para o Estado.

Hidrografia

Enquanto os Estados do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o São Francisco, com aproximadamente 1.800 km dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio Parnaíba e alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurguéia que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2.600 km de extensão. O Estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento de água na região.

A perenecidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no Estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios.

Clima

Com clima tipicamente tropical, o Piauí apresenta temperaturas médias elevadas, variando entre 18º (mínimas) e 39º C (máximas). A umidade relativa do ar oscila entre 60 e 84%.

No litoral e às margens do rio Parnaíba, os níveis anuais de precipitação pluviométrica situam-se entre 1000 e 1.600 mm. A frequência de chuvas diminui a medida que se avança para a região sudeste do Estado; porém, níveis anuais médios de precipitação abaixo de 800 mm são encontrados apenas em 35% do território piauiense.

Parques e Reservas Naturais

No Piauí encontram-se os mais antigos sítios arqueológicos do Brasil e da América, considerados entre os mais importantes do mundo. No município de São Raimundo Nonato, na parte sudeste do Estado, 280 desses sítios já foram mapeados por instituições científicas nacionais e internacionais e abrigam rico acervo de arte rupestre e materiais de origem orgânica, em boas condições de conservação.

Nos municípios de Piripiri e Piracuruca, no norte do Estado, localiza-se o Parque Nacional de Sete Cidades, área de flora e fauna ricas e onde se encontram conjuntos ruiniformes que insinuam a existência, em épocas remotas, de civilizações desenvolvidas.

Gentílico

Piauiense

ECONOMIA

O setor terciário é responsável por quase 70% da formação de renda do Estado, ainda que pese a atuação desfavorável de um de seus segmentos mais importantes, o comércio inter-regional, que acaba transferindo os recursos, via diversos mecanismos, principalmente tributários, para os Estados mais desenvolvidos da Federação, notadamente São Paulo. Os setores primário e secundário, embora minoritários na formação da renda total, absorvem parcelas significativas da mão-de-obra, distribuídas entre as seguintes atividades:

Extrativismo vegetal

Ocorre principalmente nos vales úmidos, onde predominam as matas de babaçu e carnaúba.

Estudos de laboratório sobre a carnaúba demonstraram ser possível a elevação do nível tecnológico de seu aproveitamento, sendo a celulose o derivado de maior potencial para viabilizar a exploração dessa imensa riqueza natural do Estado. A castanha de caju deixou de ser um produto extrativo para se constituir numa cultura desenvolvida em grande escala e que boas perspectivas oferece à economia do Estado.

Extrativismo mineral

Diversos estudos geológicos demonstram a existência de potencial bastante promissor de exploração mineral. Entre as ocorrências de maior interesse econômico, encontram-se o mármore, o amianto, as gemas, a ardósia, o níquel, o talco e a vermiculita.

Vale ressaltar que o Piauí é dotado de grandes reservas de águas subterrâneas artesianas e possui a segunda maior jazida de níquel do Brasil, localizada no município de São João do Piauí.

Pecuária

A pecuária foi a primeira atividade econômica desenvolvida no Estado, fazendo parte de sua tradição histórica. O folclore e os costumes regionais derivam em grande parte da atividade pastoril. Entre os rebanhos, destacam-se os caprinos, bovinos, suínos, ovinos e asininos. A caprinocultura, por sua capacidade de adaptação a condições climáticas inóspitas, tem sido incentivada pelo Governo, proporcionando meio de vida a significantes parcelas da população carente, principalmente nas regiões de Campo Maior, Alto Piauí e Canindé.

Agricultura

A agricultura no Piauí desenvolveu-se paralelamente à pecuária, porém como atividade quase que exclusivamente de subsistência. Posteriormente, adquiriu maior caráter comercial, embora de forma lenta e insuficiente para abastecer o crescente mercado interno do Estado. Entre as culturas tradicionais temporárias sobressaem-se o milho, o feijão, o arroz, a mandioca, o algodão herbáceo, a cana-de-açúcar e a soja. Entre as culturas permanentes, destacam-se a manga, a laranja, a castanha-de-caju e o algodão arbóreo.

Dados do Censo 2010 publicados no Diário - Oficial da União do dia 04/11/2010 - IBGE


PONTOS TURÍSTICOS.


Aeroporto de Teresina - PI
 Igreja Nossa Senhora do Amparo.
     Liceu Piauiense
        Palácio do Karnak
    Vista Noturna de Teresina

Serra das Araras
Lagoa do Portinho