Ano passado, na festa do Dia da Criança no Lar Menino Jesus,
que hospeda crianças e adolescentes com câncer, Marília, jovem de Fortaleza (CE) ficou comovida ao ver
duas adolescentes em tratamento quimioterápico, “cobrindo a cabeça com lenços e
brincando de ter cabelo”.
No caminho para casa, teve a ideia de cortar parte de
sua longa cabeleira, doar as madeixas para fazer uma peruca e alegrar nem que
fosse uma das meninas. Contou para a mãe, que a estimulou a disseminar a
proposta entre outras amiguinhas do Colégio.
Este ano, nasceu a campanha #UMPEDACINHODEAMORNÃODOI.
Junto das amigas Thamires Sousa, Jamilly Santiago e Thalya Cavalcante,
todas com 16 anos, e colegas de turma no Colégio Ary de Sá, Marília começou a
buscar, pela Internet e por telefone, o apoio de cabeleireiros tanto para fazer
os cortes de quem se disponha a doar os fios como para confeccionar as perucas, o que é mais complicado.
A
primeira adesão veio de D. Francisca, cabeleireira de um salão no bairro Manuel
Sátiro. “Por telefone, ela gostou da ideia e disse que, mesmo sem ter muito
tempo, seria voluntária porque, no passado, uma pessoa foi muito boa com ela e
lhe ensinou a profissão de cabeleireira. Agora é uma forma de ajudar alguém”,
conta Marília.
Mas a tarefa de fabricar perucas é complexa por isso Marília e suas
amigas pedem o apoio de mais profissionais. “Já temos muitos cabelos doados”,
avisa. A intenção é ampliar a campanha e doar perucas para qualquer pessoa que
esteja passando por tratamento quimioterápico, que entre os efeitos colaterais
está a perda dos cabelos.
Marília ressalta que há muitas formas de
colaborar com a campanha. Pode ser doando, no mínimo, 15 centímetros de
cabelo para a confecção das perucas, “também podem ser doadas perucas já feitas
sintéticas ou verdadeiras, lenços para cabelo e acessórios”, diz.
Como elas
visitam entidades que recebem crianças e adolescentes, querem também coletar
doações de roupas, calçados, alimentos, material de higiene, material escolar e
brinquedos.
Qualquer tipo de ajuda para divulgar a campanha
também é bem recebida. Karen elaborou um projeto e conseguiu do colégio onde
ela estuda a arte da campanha. Mas como as garotas pretendem que a ação seja
permanente, solicitam a doação de banners, panfletos, adesivos personalizados.
Elas também planejaram confeccionar camisetas para serem vendidas e a renda
servir para ajudar na campanha.
Na fanpage, Marília deixa o recado: “a campanha não terá datas finais,
meu maior objetivo além de estar trazendo a felicidade, o amor e ajuda , será
dar continuidade ao projeto tendo em vista que ele começou com uma ideia
pequena e hoje já tem tomado grande proporção entre os que querem ajudar. Nossa
meta também será atingir o maior número de pessoas possíveis para estar participando
da Campanha quem sabe até promover a campanha para toda Fortaleza, através das
redes sociais, nos dias de visitas aos lares, etc.”
Saiba mais na fanpage Campanha#UMPEDACINHODEAMORNÃODOI.
Mais informações: Marília Karen, criadora da campanha – (Fones: (85) 3282-7644, e 9641-1742) / e-mail: mariliakarenMED@hotmail.com
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