É dos pais a responsabilidade pela educação religiosa dos filhos
Essa é uma pergunta que muitas mães se fazem e também as pessoas que já têm caminhada na Igreja. Devo levá-los ou deixar que queiram ir? Respondo essa pergunta com outra: Se seu filho não quiser ir à escola, você deixa ele ficar sem ir, para escolher depois de adulto? A resposta é a mesma.
Devemos encaminhar nossos filhos, desde pequenos, à Missa. No início, podem reclamar, mas quando forem adultos e precisarem de consolo, saberão onde buscá-lo. A responsabilidade da educação religiosa é dos pais, sendo “adubada” pela catequista depois. Entretanto, precisamos pensar nas causas desse sentimento do filho, para aplicar o remédio correto.
Sensação de não participar da Missa
Quando os filhos são pequenos, muitas mães começam a levá-los à igreja, mas acabam desistindo. A razão encontrada é o trabalho, porque as crianças não querem ficar paradas e os pais passam todo o tempo da Missa andando atrás deles, então, acham que não estão, realmente, participando da celebração. Outra preocupação é o incômodo das outras pessoas, que se distraem ou ficam irritadas com a movimentação.
Não há problema de as crianças não pararem, elas vão e voltam até os pais. O que incomoda, na igreja, são os adultos andando atrás delas e tirando a atenção dos demais. Uma outra solução é frequentar a Missa para as crianças, onde as pessoas não podem reclamar da agitação infantil. O importante é acostumá-las a ficarem paradas por pequenos períodos.
Para os filhos acima de oito anos, quando já conseguem ficar parados, surgem outras argumentações: eles estudam muito durante a semana e estão cansados, por isso os pais preferem deixá-los dormir e relaxar, pois acham que eles não vão poder absorver nada. Atenção: não deixe seu filho trocar o seu compromisso com Deus por programa nenhum. Ensine-o que seu primeiro compromisso é com Deus, porque é de “pequeno que se torce o pepino”. Se você quer que seu filho adulto goste de ir à igreja, pergunte-se: as minhas atitudes mostram que ir a Missa é bom ou ir, por exemplo, a um aniversário ou cinema é melhor?
O exemplo começa em casa
Sua casa é uma igreja doméstica. Você tem tempo para rezar com seus filhos nas refeições, na hora de dormir, antes das provas, indo à escola entre outros momentos? Se fizer isso, ficará mais fácil para eles entenderem que ir à igreja também faz parte desses momentos.
Chega a adolescência e é mais difícil o controle. Porém, se você o colocou para fazer a catequese, motivou-o a participar dos movimentos para crianças e jovens na igreja, os amigos serão um facilitador.
Depois de adultos, não conseguiremos mais os obrigar, mas poderemos sempre os convidar para ir à igreja. Num determinado momento, poderão aceitar o convite, pois, quando são educados na fé, buscam Deus pelo amor ou por uma situação de dor.
Não existe fórmula mágica de como levar um filho à igreja, mas o ditado “o hábito faz o monge” se aplica a essa situação, pois quando levamos nossos filhos à igreja, acabam criando o padrão de irem à Missa. Quando são levados à Missa e lhes são ensinados parte por parte da celebração, com toda a sua riqueza litúrgica, eles aprendem a gostar dela e verem sentido. Porém, o que mais marca aos filhos é a forma como os pais se relacionam com Deus, e daí vão à Missa por obrigação ou para encontrar um grande amigo e partilhar em comunidade esse amor.
Postado pelo Administrador, Analista e Músico Robert Ferreira com base em texto da Drª Ângela Abdo, graduada em Serviço Social pela Ufes e psicanalista. Foi coordenadora do grupo fundador do Movimento Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia São Camilo de Lellis, em Vitória (ES). Autora de livros publicados pela Editora Canção Nova.
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