A mensagem para parar de fumar emitida por autoridades
de saúde pública tem sido nada menos do que fundamental, repetitiva e
consistente nas últimas décadas. E os refrigerantes? Um novo estudo científico
concluiu que o consumo diário de apenas meio litro de refrigerante está ligado
à 4,6 anos adicionais de envelhecimento biológico e efeitos semelhantes ao do
tabagismo.
O estudo descobriu que o consumo de refrigerantes está
associado com o envelhecimento das células, sugerindo que o consumo de
refrigerantes adoçados com açúcar podem promover doenças, independentemente do
seu papel na obesidade.
O estudo revelou que os telômeros, as unidades de
proteção do DNA que cobrem as extremidades dos cromossomos nas células, eram
mais curtas em células brancas do sangue dos participantes do estudo que
relataram beber mais refrigerantes. As descobertas foram publicadas no American
Journal of Public Health.
O comprimento dos telômeros nas células brancas do
sangue – onde pode ser mais facilmente medida – foi previamente associado à
duração de vida humana. Os telômeros curtos também têm sido associados com o
desenvolvimento de doenças crônicas do envelhecimento, incluindo doenças
cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer.
“O consumo regular de refrigerantes
adoçados com açúcar, pode influenciar o desenvolvimento de doenças, não só pelo
esforço do controle metabólico do corpo devido aos açúcares, mas também através
do envelhecimento celular acelerado dos tecidos“, disse a autora sênior
do estudo Elissa Epel, professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia,
San Francisco (UCSF).
“Esta é a primeira demonstração de que o
refrigerante está associado ao encurtamento dos telômeros”, disse Epel. “Esta
descoberta é sustentada independentemente da idade, raça, renda e escolaridade.
O encurtamento dos telômeros começa muito antes do início da doença. Além
disso, embora nós só estudamos adultos neste estudo, é possível que o consumo
de refrigerantes esteja associado ao encurtamento dos telômeros em crianças
também.”
Os autores compararam o comprimento dos telômeros e o
consumo de refrigerantes adoçados com açúcar para cada participante em um único
momento, e esta associação não necessariamente demonstra o nexo de causalidade.
Epel está co-liderando um novo estudo no qual os participantes serão
acompanhados por semanas em tempo real, para procurar os efeitos do consumo de
refrigerantes adoçados com açúcar sobre os aspectos do envelhecimento celular.
O encurtamento dos telômeros foi previamente associado com o dano oxidativo ao
tecido, à inflamação, e a resistência à insulina.
Com base na forma que o comprimento dos telômeros se
reduz na média com a idade cronológica, os pesquisadores da UCSF calcularam que
o consumo diário de um refrigerante de 600ml foi associado à 4,6 anos de
envelhecimento biológico adicional. Esse efeito sobre o comprimento dos
telômeros é comparável ao efeito do tabagismo, ou ao efeito de fazer exercício
físico regular, no sentido oposto do anti-envelhecimento, de acordo com a
acadêmica de pós-doutorado da UCSF, Cindy Leung, ScD, do Centro da UCSF Center
for Health and Community e autora principal do estudo recém-publicado.
O consumo médio de refrigerante adoçado com açúcar
para todos os participantes da pesquisa foi de 340 ml. Cerca de 21 por cento
nesta amostra nacionalmente representativa relataram beber pelo menos 600 ml de
refrigerante adoçado com açúcar por dia.
“É fundamental para compreender tanto os
fatores dietéticos que podem encurtar telômeros, bem como os fatores dietéticos
que podem alongar os telômeros”, disse Leung. “Aqui pareceu que o único consumo de bebida que tinha
uma associação negativa mensurável com o comprimento dos telômeros foi o
consumo de refrigerante com açúcar“.
A descoberta acrescenta uma nova consideração a lista
de ligações das bebidas açucaradas à obesidade, síndrome metabólica, diabetes
tipo 2 e doença cardiovascular, e que levou os legisladores e ativistas em
várias jurisdições dos EUA a encampar iniciativas taxam as compras de bebidas
açucaradas com o objetivo de desestimular o consumo e melhorar a saúde pública.
Os pesquisadores da UCSF mediram os telômeros após a
obtenção do DNA armazenado de 5.309 participantes, com idades entre 20 e 65
anos, sem histórico de diabetes ou doença cardiovascular, que haviam
participado da maior pesquisa de saúde em curso do país, chamada de Pesquisa
Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, durante os anos 1999 a 2002 e
descobriram que a quantidade de refrigerante adoçado com açúcar que uma pessoa
consume está associada com o comprimento dos telômeros, medido no laboratório
de Elizabeth Blackburn, PhD, professora de bioquímica na UCSF e uma vencedora
do Prêmio Nobel de 2009 em Fisiologia ou Medicina por suas descobertas
relacionadas com os telômeros.
Um estudo de 15 anos descobriu que aqueles que beberam
300 ml de uma bebida gasosa por dia – um pouco menos do que uma latinha de
refrigerante – eram 40 por cento mais propensos a desenvolver câncer de
próstata do que os homens que evitam estas bebidas.
Considere os duros fatos sobre os refrigerantes: o
consumo de refrigerante pode levar a vários problemas de saúde, e os cientistas
estão aparentemente adicionando novos problemas à lista todos os dias.
Aqui estão 10 razões para acabar com o refrigerante e
abandonar o vícios dos bilhões de litros de refrigerante consumido nos Estados
Unidos [e no mundo] anualmente:
1) A desidratação
Devido a cafeína ser um diurético, ela leva a um
aumento no volume de urina. Então, quando você bebe um refrigerante com cafeína
para saciar a sua sede, você vai realmente se tornar mais sedento.
2) Altas calorias
Uma lata de refrigerante normal contém mais de 150
calorias. Não são apenas estas calorias desprovidas de qualquer valor
nutricional, mas também esgotam o seu corpo de nutrientes vitais.
3) Cafeína vicia
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins dizem que
quando as pessoas não obtêm a sua dose habitual de cafeína do refrigerante,
elas podem sofrer uma gama de sintomas de abstinência, incluindo dor de cabeça,
cansaço, dor muscular e dificuldade de concentração.
4) Ácido
A quantidade de ácido no refrigerante é suficiente para
desgastar o esmalte dos seus dentes, tornando-os mais suscetíveis à cáries. Em
testes realizados sobre os níveis de acidez do refrigerante, foram
encontrados alguns com níveis de pH tão baixo quanto 2.5. Para colocar isso
em perspectiva, considere que o ácido de bateria tem um pH de 1 e a água pura
tem um pH de 7.
5) Dinheiro
Uma pessoa que bebe apenas 2 latas de refrigerante por
dia vai pagar R$ 912,00 ao longo de um ano para manter o hábito em andamento.
Se houver mais de um bebedor de refrigerante em casa, esse total anual poderia
rapidamente duplicar ou mesmo triplicar.
6) Ganho de peso
Os pesquisadores da Universidade do Texas dizem que os
adoçantes artificiais podem interferir com a capacidade natural do corpo de
regular a ingestão de calorias. Isto poderia significar que as pessoas que
consomem itens adoçados artificialmente são mais propensos a abusar.
7) Adoçantes artificiais
Muitas pessoas optam por refrigerantes diet para
reduzir as calorias, mas algumas pesquisas mostram que os adoçantes podem
causar danos adicionais, como o câncer.
8) Diminuição mineral
Os refrigerantes contêm ácido fosfórico e cafeína, os
quais drenam o cálcio dos ossos. Além disso, devido a cafeína aumentar o volume
de urina, mais minerais acabam deixando o corpo antes de ter a chance de serem
absorvidos adequadamente.
9) Diabetes
Alguns cientistas acreditam que as demandas
incessantes de um hábito de tomar refrigerante deposita no pâncreas pode vir a
deixá-lo incapaz de satisfazer a necessidade do corpo de insulina – o que
poderia, eventualmente, levar ao diabetes. O consumo diário de sódio contribui
para outros problemas, como a obesidade – a principal causa de diabetes.
10) A substituição por bebidas mais saudáveis
Na década de 1950, as crianças tomavam bebidas mais
saudáveis e mais água. Hoje essa
estatística tem virado e as crianças estão bebendo mais bebidas não saudáveis e menos água
Postado por Robert
Ferreira com base em artigo no site SAÚDE & CURIOSIDADES – O seu portal
de notícias.
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