Estado investe fortemente na ovinocaprinocultura como forma de fortalecer a pecuária dos pequenos produtores.
Nesta sexta-feira (27/07/2012),
mais um lote de caprinos e ovinos foi entregue a pequenos criadores do
município de Epitaciolândia. Desde o ano passado mais de trezentas famílias que
vivem em áreas rurais já foram beneficiadas com o programa de incentivo a
caprinovinocultura do governo.
“Nós temos tido o cuidado
de escolher aqueles que já tem alguma experiência na criação de animais que é
para garantir o sucesso da iniciativa e a expectativa é a melhor possível”
declara o secretário estadual de agricultura e pecuária Mauro Ribeiro.
A meta do governo é
distribuir até 2014 vinte mil caprinos e ovinos, fortalecendo a cadeia
produtiva na zona rural e gerando renda para os pequenos produtores. Até agora
mais de 4 mil animais já foram entregues.
“Ha oito anos que eu
esperava essa oportunidade de criar carneiros, já criava peixe e plantava,
agora com certeza vou ter mais uma renda com esses bichos”, afirma José Fidélis,
um pequeno criador do município de Epitaciolândia, beneficiado do programa com
o recebimento de 12 matrizes e 01 reprodutor.
A proposta do governo para
a zona rural é alavancar a produção integrando várias atividades como
agricultura familiar, piscicultura e criação de pequenos animais. O resultado é
a fixação do homem no campo e a criação de uma nova classe média rural.
“A parceria já esta firmada
com o governo da presidenta Dilma para incentivo a criação de animais,
piscicultura, agricultura familiar, ou seja, a cadeia produtiva está montada e
a expectativa é de um grande resultado daqui pra frente”, afirmou o Governador Tião
Viana.
Boi x Carneiro
Na comparação com a carne
bovina, a de cordeiro apresenta vantagens. Menos calorias e mais proteínas a
cada 100 gramas de carne. Ocupa menos espaço, permite maior lucratividade por
área ocupada. Valorizada, saborosa e suave, o produto tem mercado garantido, há
demanda sobrando. Além disso, é um animal que não exige grandes cuidados e que
diversifica a produção familiar. Por isso tem ganhado espaço nas pastagens do
Acre. De fato, a produção de carne de cordeiro é uma das apostas do atual Governo
do Acre para o setor produtivo e o incentivo à atividade significa um
investimento de R$ 2,5 milhões, beneficiando 660 famílias.
Carneiro verde
Animal gosta de receber um
“bom dia” e um “boa-tarde”, diz o veterinário da SEAP, Alan Palu. “O carneiro
exige cuidados mínimos: remédios se adoecer, vermífugos para prevenir doenças e
pasto para se alimentar. No Acre nós temos praticamente um carneiro verde,
criado livre, se alimentando exclusivamente de pastagem”, explica. “Não há
segredos, pois o produtor já sabe como criar animais”.
Em cada hectare de pasto de
boa qualidade são criados de 15 a 20 animais. A gestação é rápida, de cinco
meses, e com oito meses de vida o carneiro está pronto para o abate. Hoje o
preço pago pelo quilo é R$ 6 a fêmea e R$ 7 o macho, que tem a carne mais
valorizada.
Alguns produtores já vendem
carneiros para a Bolívia e o Peru, embora não seja de forma contínua. “Sempre
tem quem compre e o preço não é ruim. Agora a nossa melhor solução é reunir os
produtores, formar um lote grande e vender diretamente para o frigorífico
de Rio Branco (ANASSARA), que vem buscar na porteira”, diz um
criador.
Carneiro na merenda escolar
Já são 4.000 kg por mês, ou
R$ 119,6 mil investidos todo mês, 170 escolas beneficiadas: o carneiro já faz
parte do cardápio da merenda escolar na rede pública de ensino. Duas vezes por
mês a carne é servida para diversificar a alimentação e oferecer proteína para
as crianças. A compra é feita através do Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA). A carne de suíno também entrou na merenda escolar e, em breve, o peixe
fará parte da alimentação dos estudantes. Cordeiro na merenda é muito bom.
Até hoje, o Acre já
investiu R$ 2,5 milhões em 8.000 ovinos, nesta primeira etapa em que foram
beneficiados 660 produtores. O Governo gostou e pretende ampliar, comprando
mais 12.000 ovinos. Com 20.000 ovinos, o Governo acha que os produtores poderão
levar adiante a criação, por conta própria.
Postado por Robert Ferreira, com base em artigos publicados e em constatação presencial da entrega dos animais pelo Governo.
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