Estudos mostraram que computador no colo do homem pode levar à infertilidade.
A cena é clássica: o homem deitadão no sofá ou na cama com o notebook no colo. Enquanto checa emails do trabalho, flerta com uma gatinha no Facebook ou navega atrás de alguma pornografia, o único perigo que teme é ser pego em flagrante pela esposa. Então, caro leitor, não só você estaria frito numa situação dessas – seus ovos também! Entre 2010 e 2011, foram publicados dois estudos científicos que sugerem o seguinte: o uso do computador sobre a região do saco escrotal pode ser prejudicial para a fertilidade masculina.
O pesquisador urologista Oskar Kaufmann explicou sobre a metologia e a conclusão das pesquisas que constaram esse fato. No caso do trabalho desenvolvido pela Universidade Estadual de Nova York, publicado pelo conceituado periódico “Fertility and Sterility”, 29 jovens voluntários se submeteram a testes de temperatura após passarem alguns minutos com o computador na posição que comentamos acima.
“Entre dez e quinze minutos depois, os órgãos reprodutivos deles superaqueceram em até 2,5º acima do valor seguro para a produção de espermatozóides”, diz o médico formado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), com pós graduação em cirurgia robótica pela Universidade da Califórnia – Irvine. “Eles podem não sobreviver ao calor ou mesmo ficarem defeituosos”. Embora a amostra seja muito pequena, é consenso na comunidade médica que o calor pode comprometer a capacidade de gerar descendentes.
Um exemplo desse fenômeno é a varicocele, a principal causa de infertilidade masculina. Nela, há um refluxo de sangue para os testículos, sem explicação clara – imagine que as veias se rebelam e não desempenham direito a sua função. Esse sangue todo esquenta demais a região e atrapalha a “fábrica de espermatozóides”. Para reconhecer a doença, que não costuma causar dor, é reparar se as veias do saco escrotal estão dilatadas. E procurar um médico para exames mais específicos. “Na grande maioria dos casos, quando há uma alteração do espermograma, pode se reverter o quadro com uma microcirurgia”, afirma Kaufmann, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Postado por Robert Ferreira, com base em texto da Jornalista Nathalia Ziemkiewicz (Revista Época - 02/04/2012).
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