As abelhas do gênero Apis não sendo nativas do continente americano, foram trazidas para o Brasil no início do século XIX, pelo Padre Antônio Pinto Carneiro, com autorização do Imperador D. Pedro II. As colônias de abelhas teriam chegado ao Brasil procedentes do Porto, Portugal. Das 100 colméias embarcadas, apenas sete sobreviveram à viagem, e aqui logo proliferaram, dando início à apicultura nacional. Foram introduzidas no Estado do Rio de Janeiro, expandindo-se para o sul pelos padres jesuítas. Mais tarde, com a vinda de imigrantes europeus italianos, alemães e espanhóis, intensificou-se no Brasil a criação de abelhas européias, popularmente conhecidas por “Europa”.
Em virtude da decadência genética e conseqüente falta de produtividade da abelha européia, o governo brasileiro formalizou pedido para o então Professor Pesquisador Dr. Warwick E. Kerr, para averiguar a veracidade das notícias de alta produtividade das abelhas africanas. O pesquisador permaneceu por três meses observando e acompanhando o trabalho e o comportamento das raças africanas. Em 1956, a equipe do professor Kerr trouxe para o Brasil duas subespécies de abelhas africanas: a Apis mellifera capensis e a Apis mellifera adansonii. Descobriu-se mais tarde que ocorreu a introdução da Apis mellifera scutellata e não da Apis mellifera adansonii.
No período de observação pela pesquisa, essas abelhas enxamearam, expandindo-se por todo o continente. Durante a década de 60, em função de seu comportamento defensivo, foram chamadas de abelhas assassinas. Nas outras duas décadas, já aclimatadas, com a mistura de raças: européia e africana, e recebendo o manejo adequado, revelaram sua alta capacidade de produção e resistência a doenças e parasitas.
(Fonte: Apicultura para iniciantes. Emater /PR. 44p. Série Produtor. Curitiba, 2000.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário